sexta-feira, 29 de maio de 2015

Símbolos sexuais de ontem e de hoje


Informa-me revista semanal que determinada atriz global (cujo nome não revelo por discreção e prudência) é considerada, atualmente, símbolo sexual do Brasil. Há cerca de 03 meses, ela e eu viajamos, lado a lado, na ponte aérea Rio - São Paulo. Fiquei sabendo quem era, quase ao final da viagem, quando a comissária de bordo veio pedir-lhe autografo. Não tenho o hábito de conversar, em viagens. Mergulho os olhos, no livro ou na revista, e só os tiro, quando o trem de pouso toca na pista. Quando nos levantamos para desembarcar, olhei para a “nova musa brasileira”. Se tanto, 1,60m, pesando, se muito, 50 quilos. Depois de ler a noticia, recostei na cadeira e fiquei a recordar os “meus símbolos sexuais”, ao longo da vida. A primeira, nos meus longínquos 15 anos, foi Brigite Bardot, com seus lábios carnudos. Lembro-me de que a conheci, através de uma foto, em que ela aparecia com os seios à mostra. Contemplando aquela foto, prestei reiteradas homenagens ao deus Onam. Mais tarde, fui seduzido pelos olhos negros e o sorriso de Claudia Cardinali, isto quando o cinema italiano “bombou”. Depois James Bond, o primeiro e único, presenteou-me com Raquel Weich, loiríssima, coxas descomunais, que revejo saindo do mar, olhar pidão, maiô branco colado, mostrando a exuberância de suas formas. E, finalmente, fixei-me em Share Stone, a rainha das coxas, com seu andar cadenciado e que, quando cruzava as pernas, tirava-me o fôlego. Pelas nossas plagas, lembro-me de Cristiane Torloni, em uma peça, lá pelos anos 80, em que ela saia nua, da banheira. O teatro era o “Princesa Isabel”, no Rio e, naquele momento, o silencio ensurdeceu o ambiente. E, é claro, teve a Sonia Braga, de “Eu te amo” e “A dama do lotação”, onde ela, sem tirar a roupa, toma um banho de cachoeira que é verdadeiro curso de doutorado em erotismo.
  Ficamos todos velhos. Mudaram os gostos e a exuberância foi substituída pela anorexia. Como tem gosto para tudo, prefiro ficar com minhas memórias, até porque, eu mesmo, sou apenas memória.


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