Sendo da geração dinossauro, não canso de me surpreender com
a velocidade e alcance das redes sociais. Digo isto porque meus poucos escritos
que, no início, alcançavam não mais que 50 vítimas, hoje já são elas mais de
500. Recebo mensagens – para o bem e para o mal – de pessoas das quais nunca
ouvira falar, antes, inclusive recomendando-me livros e até tratamento
psicológico, por achar que sou suicida, em potencial, pela insistência que faço
morrer meus raquíticos personagens. Respondi que não tenho culpa, que se matar
é decisão de cada um, na qual não interfiro. Ontem, alguém me disse que minha
fixação por coxas é problema ‘’freudiano’’,
que merecia ser investigado, antes que eu cometa um desatino. É claro que se
trata de exagero. Consta que a bunda é a preferência nacional, inclusive entre
as mulheres. E daí? Isto não significa que os apreciadores do ‘’derrière’’ alheio vão sair por aí,
cortando-as, em nacos, para fazer pastel, como acontecia em antigo filme
nacional , chamado, se não me engano, ‘’Aqui,
tarados’’. Nada tenho contra ‘’bunda’’,
parte do corpo feminino que também me agrada, desde que sem o exagero dessas ‘’mulheres-frutas’’ que aparecem na
televisão. Na época em que fui professor de português, uma das matérias do
programa eram as ‘’figuras de linguagem’’,
dentre as quais se inclui a ‘’onomatopéia’’, que consiste em utilizar palavra
que, pelo som da pronuncia, faz lembrar a coisa significada. Para dar exemplo,
deixando a aula mais descontraída, nas turmas exclusivamente masculinas, eu
mencionava a palavra ‘’bunda’’,
enchendo as bochechas para pronunciá-la, demonstrando, assim, a identificação
do som produzido com a palavra (os glúteos). Mas, por que estou a deitar
informação tão inútil? Apenas para provar ausência de preconceito, em relação à
bunda e preferência, e relação a coxas. Também tem a questão da compostura. As
coxas são vistas de frente, o que permite disfarçar ao contemplá-las. Já a
bunda, para ser adequadamente avaliada, exige, via de regra, que se volta a
cabeça, o que, convenhamos, além de vulgar, é inapropriado a quem, como eu, já
atingiu a idade provecta.
Espero ter me justificado com a amável correspondente, quanto
a minha preferência pela parte do corpo feminino.
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