sexta-feira, 22 de maio de 2015

Resposta sobre preferência

Sendo da geração dinossauro, não canso de me surpreender com a velocidade e alcance das redes sociais. Digo isto porque meus poucos escritos que, no início, alcançavam não mais que 50 vítimas, hoje já são elas mais de 500. Recebo mensagens – para o bem e para o mal – de pessoas das quais nunca ouvira falar, antes, inclusive recomendando-me livros e até tratamento psicológico, por achar que sou suicida, em potencial, pela insistência que faço morrer meus raquíticos personagens. Respondi que não tenho culpa, que se matar é decisão de cada um, na qual não interfiro. Ontem, alguém me disse que minha fixação por coxas é problema ‘’freudiano’’, que merecia ser investigado, antes que eu cometa um desatino. É claro que se trata de exagero. Consta que a bunda é a preferência nacional, inclusive entre as mulheres. E daí? Isto não significa que os apreciadores do ‘’derrière’’ alheio vão sair por aí, cortando-as, em nacos, para fazer pastel, como acontecia em antigo filme nacional , chamado, se não me engano, ‘’Aqui, tarados’’. Nada tenho contra ‘’bunda’’, parte do corpo feminino que também me agrada, desde que sem o exagero dessas ‘’mulheres-frutas’’ que aparecem na televisão. Na época em que fui professor de português, uma das matérias do programa eram as ‘’figuras de linguagem’’, dentre as quais se inclui a ‘’onomatopéia’’, que consiste em utilizar palavra que, pelo som da pronuncia, faz lembrar a coisa significada. Para dar exemplo, deixando a aula mais descontraída, nas turmas exclusivamente masculinas, eu mencionava a palavra ‘’bunda’’, enchendo as bochechas para pronunciá-la, demonstrando, assim, a identificação do som produzido com a palavra (os glúteos). Mas, por que estou a deitar informação tão inútil? Apenas para provar ausência de preconceito, em relação à bunda e preferência, e relação a coxas. Também tem a questão da compostura. As coxas são vistas de frente, o que permite disfarçar ao contemplá-las. Já a bunda, para ser adequadamente avaliada, exige, via de regra, que se volta a cabeça, o que, convenhamos, além de vulgar, é inapropriado a quem, como eu, já atingiu a idade provecta.

Espero ter me justificado com a amável correspondente, quanto a minha preferência pela parte do corpo feminino.   

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