As cabeças coroadas do petismo já não podem sair às ruas,
frequentar restaurantes e nem mesmo se cuidarem em hospitais. São hostilizados,
como ocorreu com os ex-ministros, Guido Mantega e Alexandre Padilha. Mantega,
então comandando a Pasta da Fazenda, foi o artífice do engodo econômico, que
propiciou a reeleição da Presidente Dilma, bomba de efeito retardado, que
estoura, agora, nas costas do trabalhador brasileiro. E é importante esclarecer
que trabalhadores somos todos nós, assalariados, profissionais liberais,
empresários, que ‘’ralamos’’ todos os
dias para pagarmos nossas contas e mantermos nossas famílias. Pois as
consequências da irresponsabilidade econômica do ex-ministro Mantega repercute
no cotidiano dos que têm seus empregos ameaçados, dos profissionais liberais
que veem seus clientes escassearem, dos empresários que veem seus negócios
murcharem. O Ministro Padilha foi responsável pela mais desastrosa gestão à
frente da Pasta da Saúde, que relegou a plano secundário, para priorizar sua
campanha a governador de São Paulo, tendo obtido pífia votação. Seu principal
projeto, o + médicos, revelou a utilização, quase na condição de escravos, dos
médicos cubanos, em benefício dos interesses econômicos daquele País. Por outro
lado, a falta de uma politica preventiva de combate ao mosquito transmissor da
dengue, resultou em inusitada propagação da doença, que alcançou nível de
epidemia, ceifando milhares de vidas humanas, por todo o País. Acresce-se, a
tudo isto, que ambos integram um governo e um partido politico, responsáveis
pelo maior e mais longo período de escândalos financeiros da historia do
Brasil. Assim, mesmo que não estivessem diretamente envolvidos em tais
escândalos, integravam a orquestra. Foi contra tantos desatinos que a população
saiu às ruas e bateu panelas.
Então, é de se perguntar: é justo serem tais ministros
hostilizados, quando surgem, em lugares públicos? Pode-se dizer que estão sendo
eles cerceados, em seu direito de ir e vir? A adequada resposta a esta pergunta
só é possível, quando se mensura o nível de indignação do homem comum, que
constata que o grito, que gritou nas ruas, ecoou no vazio; que o Governo, continua
certo da impunidade dos reais beneficiários do ‘’petrolão’’, que a cúpula, envolvida no ‘’mensalão’’, menos de um ano após as condenações sofridas, já está
em plena liberdade; que o Poder Central, que nos empurra goela abaixo esse
ajuste fiscal, que nos atingirá a todos, menos aos bancos, é claro, continua
com seus formidáveis quase 40 ministérios, dos quais, pelo menos, 10, não
significam absolutamente nada; que representações diplomáticas, no exterior,
têm sofrido corte de luz, por falta de pagamento, enquanto aviões da FAB cruzam
os céus, levando mentores do governo e políticos adesistas para convescotes.
Paira, no ar, no semblante e na consciência das pessoas, profunda indignação e
irremovível sensação de impotência. E é esta indignação e é esta sensação de
impotência que, mesmo como gota d’agua, dão legitimidade aos apupos dirigidos a
Mantega, a Padilha e a outros, seus iguais, que surgirem em público. É como se
dissessem: se não os posso vê-los punidos, pelo mal que fizeram ao País, pelo
menos nos façam o favor de se retirarem do ambiente, que frequento e que vocês
poluem com suas presenças.
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