Afinal o governo anuncia o corte no orçamento, sem a presença
do Ministro Levy, que se irritou, porque queria cortar mais. Dentre os
Ministérios mais atingidos, figuram o ‘’Das
Cidades’’, o ‘’Da Saúde’’ e o ‘’Da Educação’’, o que evidencia as
prioridades dessa pífia administração. Menos 17 bilhões (54%) para o primeiro,
responsável por investimentos em obras de infra-estrutura urbana e pelo
programa ‘’minha casa minha vida’’,
causa direta da eleição da Presidente. Sem os repasses do Poder Central, as
Prefeituras serão fortemente prejudicadas, isto com as eleições municipais,
batendo à porta. Verdadeiro tiro no pé! Em nome da ‘’pátria educadora’’, foram sugados 10 bilhões (20%) da Educação
que, assim, vai empurrando o Brasil para a segunda divisão dos países, que
investem naquele setor. E isto – o corte – acontece em um momento em que as
principais Universidades Públicas vivem tormentosa crise financeira, o
Ministério da Educação não dispõe de recursos para atender à demanda, por
bolsas de estudo e pululam, por todo o País, greves de professores. O
Ministério da Saúde perdeu 12 bilhões, enquanto a televisão mostra, todos os
dias, o estado caótico dos hospitais públicos, sem leitos suficientes, com
doentes acumulados pelos corredores, sem verba para material de consumo
imediato. O problema do corte no orçamento não é político, é de gestão. O
Governo aumentou em 5% a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido dos bancos
(CSLL). Apenas 03 bancos anunciaram ter obtido, no primeiro trimestre, um lucro
líquido de 04 bilhões, o que significa que, ao final do ano, terão, juntos,
produzido um lucro líquido de 64 bilhões. Se a esses bancos juntarmos os
demais, não será exagero afirmar que o lucro líquido gerado, pelas instituições
financeiras, que atuam, no Brasil, chegará, ao final do ano à astronômica cifra
de 100 bilhões. Se o aumento da ‘’CSLL’’
subisse para 25% (+10%) entraria no caixa do governo mais 10 bilhões, o que
minimizaria os efeitos do corte sobre a saúde e educação. É claro que sabemos
porque isto não foi possível: afinal Joaquim Levy foi colocado no Ministério da
Fazenda pela ‘’FEBRABAN – Federação
Brasileira dos Bancos’’ e está lá exatamente para proteger o interesse dos
mesmos.
Por outro lado, quando examinamos a relação de Ministérios
existentes, concluímos que, pelo menos, 11 poderão desaparecer,
transformando-se em Departamentos de outros Ministérios. Senão vejamos: O
Ministério das Micro e Pequenas Empresas seria absorvido pelo Ministério do
Desenvolvimento da Industria e Comercio; Os Ministérios da Pesca e
Desenvolvimento Agrário seriam absorvidos pelo Ministério da Agricultura; Os
Ministérios da Cultura e dos Esportes seriam absorvidos pelo Ministério da
Educação; O Ministério dos Portos seria absorvido pelo Ministério dos
Transportes; Os Ministérios da Igualdade Racial e o de Política para Mulheres
seriam absorvidos pelo Ministério do Desenvolvimento Social; O Ministério dos
Direitos Humanos seria absorvido pelo Ministério da Justiça; O Ministério do
Turismo seria absorvido pela Embratur, a qual, por sua vez, ficaria subordinada
ao Ministério do Desenvolvimento da Ind. e Com; e o Ministério da Integração
Nacional seria absorvido pelo Ministério das Cidades. Assim,
departamentalizados os Ministérios absorvidos, teríamos substancial redução de
seus ‘’custos de manutenção’’, além
dos cortes efetuados, poder-se-ia obter uma redução de gastos da ordem de, pelo
menos, mais 03 bilhões de reais, inclusive, dando-se mais agilidade às ações do
governo.
É claro que a proposta acima é mero devaneio de manhã
ensolarada de domingo, pois a Presidente, manietada em suas ações, ela mesma,
expulsa das negociações políticas e econômicas, é mera inquilina do Palácio do
Planalto, sem qualquer poder para efetuar as mudanças políticas e econômicas,
que possam trazer frutos ao Brasil, sem atingir os trabalhadores e os setores
econômicos menos privilegiados.
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