Meu prezadíssimo Ex-ministro, Delfim Netto, em todas as suas
palestras e manifestações, no jornal, radio e televisão, vem repetindo, como se
fosse um mantra, que o Brasil somente superará a crise econômica, gerada pela demagogia
petista, necessária à reeleição da (ex) presidente Dilma, se houver substancial
incentivo à indústria. O noticiário dá conta da queda, em 25%, da produção
automobilística; do prejuízo acumulado pela ‘’Vale
do Rio Doce’’; que o setor de auto-peças encabeça a lista das empresas com
pedidos de recuperação judicial e que o BNDES, sem caixa, pretende avançar
sobre recursos do F.G.T.S., para honrar compromissos inadimplidos. Dou uma
olhada nas medidas, preconizadas pelo Primeiro Ministro, Joaquim Levy e, na
minha confessada ignorância, nada vejo que possa incentivar a indústria
nacional. Além da ‘’tungada’’ nos
benefícios dos trabalhadores, o ‘’pacote
Levy’’, anuncia o fim de repasses ao setor elétrico (olha mais aumento na
conta de luz, ô gente!); menos benefícios para os exportadores; corte das
desonerações; alta do IPI para automóveis; alta sobre produtos importados;
tributação dos cosméticos e outras medidas que, por certo, atingirão o consumo
e, via reflexa, o setor industrial. Tudo na contramão do que meu estimado
Delfim apregoa. Outro dia, ele, que me honra, lendo estas ‘’mal traçadas’’, chamou-me de pessimista. Em respeito a sua
incomensurável superioridade intelectual, eu apenas sorri. Agora, ilustre
Professor, o Senhor ainda acha que a esfinge vai me devorar, ou, ao contrario,
seremos todos devorados pela incapacidade de decifrar esse enigma, chamado ‘’ajuste fiscal’’?
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