terça-feira, 5 de maio de 2015

A amarga derrota


Durante meses, venho perturbando os que me seguem em meus quebrados escritos, a atacar a camarilha petista – Lula e Dilma, chefes do bando – que jogou o Brasil no caos econômico e promoveu o maior ‘’assalto ao trem pagador’’, que a historia do mundo conheceu. A Imprensa disse a mesma coisa. O povo saiu às ruas, pelo Brasil inteiro, dizendo a mesma coisa e exigindo o afastamento da Presidente. Agora, a historia chegou ao fim, como todas as historias, boas ou más. Nas republiquetas, como o Brasil, os que estão no poder comportam-se como se fossem donos do mundo, e, talvez, realmente o sejam. Para neutralizar a Imprensa, para sufocar as manifestações de rua, o Palácio do Planalto não precisou de muita coisa. Apenas de dois subservientes Ministros do Supremo Tribunal Federal, colocados lá exatamente para servirem seus ‘’Chefes’’ e um Procurador Geral da República que nunca esqueceu seu lugar de lacaio. Pois, meus prezados amigos, a operação ‘’lava-jato’’acabou. O juiz Sergio Moro, com toda a sua coragem e competência, logo cairá no esquecimento, como aconteceu com Joaquim Barbosa. Os empresários, envolvidos no petrolão estão soltos. Por certo, serão condenados pelo mesmo Sergio Moro, mas, como têm o direito de recorrer em liberdade, assim será. Livrar-se-ão das incômodas tornozeleiras eletrônicas, voltarão às suas empresas e continuarão a fazer suas negociatas, agora com mais prudência e sofisticação. Enquanto isso, seus recursos judiciais se arrastaram por décadas e, quando chegarem ao Supremo, sempre haverá um Tofolli que ‘’descobrirá’’ uma nulidade e transformará todo o trabalho do juiz Sergio Moro, em pó. Afinal, foi para isso que o ex advogado do PT, (tão medíocre que, por duas vezes, foi reprovado no concurso para ingresso na magistratura paulista), foi colocado no Supremo. Nada a estranhar na conduta dele: já vinha sendo capacho do Planalto, desde o ‘’mensalão’’. A edição do ultimo fim-de-semana de ‘’Veja’’ mostra a nada republicana relação pessoal entre Tofolli e o empreiteiro Leo Pinheiro, Presidente da OAS e solto, graças ao voto, sem qualquer justificativa, do inculto Ministro. Olho para a fisionomia do Ministro Teori Zavascki, para seu curriculum de inconteste jurista e me pergunto como ele pode abdicar de sua historia pessoal, para ‘’servir ao Rei’’, como paga pelo cargo recebido. Realmente, mais que nunca prevalece o ensinamento do filósofo: ‘’O homem é ele e suas circunstancias’’.

A Revista ‘’Época’’, edição no ultimo fim de semana, em matéria de 08 páginas, mostra como Lula vem funcionando como lobista, muito bem sustentado, pela ‘’Construtora Odebrecht’’, uma das envolvidas na ‘’lava jato’’. Consta que a Procuradoria da República vai instaurar inquérito contra o ex-presidente, por tráfico de influencia e enriquecimento ilícito. O que vai acontecer? Nada, absolutamente nada. No último final de semana, as luzes do Palácio da Alvorada iluminaram Brasília: os quadrilheiros ergueram suas taças, brindando a vitoria. Vitoria sobre Sergio Moro, vitoria sobre a Imprensa, vitoria sobre o povo, que foi às ruas, vitoria, enfim, vitória sobre a moralidade pública. Sejamos humildes e reconheçamos nossa derrota, afinal somos, definitivamente, uma republiqueta. Eu, cá de mim, ‘’viola enfiada no saco’’, vou procurar outros assuntos para gastar minha pena.  

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