Tive o privilegio – tantos o foram – de pertencer a uma
geração que, dentre excelentes artistas, assistiu a comediantes de altíssimo
nível, como Chico Anísio e Jô Soares, que a todos encantavam com humor
inteligente, onde não havia espaço para palavrão ou o sexo, fora do
contexto. Ainda hoje eu os visito no ‘’canal Viva’’ e constato que suas piadas
guardam total atualidade, até porque o País continua a mesma ‘’zona’’ de 30 anos atrás. Tenho pouca –
para não dizer nenhuma – paciência com o predominante humor escrachado,
apelativo dos tempos atuais. Digo isto, porque estou abrindo exceção para o
melhor programa humorístico, exibido na telinha, ontem,
3ª feira. Refiro-me ao programa do PT, onde Lula, o chefe da troupe de
palhaços, encantou a todos telespectadores, falando de honestidade, de como
eles, os petistas, puseram na caldeia todos os larápios do dinheiro público,
marcando o fim da impunidade. Eu já estava perdendo o fôlego de tanto rir,
imaginando o rubor facial de José Dirceu, Delúbio, Vaccari, Pizzolato, quando
veio a piada final que, literalmente, jogou-me ao chão: ‘’qualquer petista que cometer malfeitos ou ilegalidade, não continuara
nos quadros do partido’’, afirmou Rui Falcão, com aquele ar e feição de
coveiro de cemitério de periferia. Depois que passou a crise de riso, recuperei
o fôlego, bebi um copo d’água e caí na real. Na verdade, Rui Falcão estava
anunciando o fim do PT e, como todos sairão correndo, (da policia,
naturalmente) não haverá ninguém para apagar a luz. Foram efusivamente saudados
com mais um formidável ‘’panelaço’’.
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