Segundo relatório da Anistia Internacional, ‘’a força policial brasileira é a que mais
mata, no mundo.’’ Todavia, o que a ‘’Anistia’’
esqueceu-se de dizer foi que o policial brasileiro é que mais morre, no mundo, seja em confronto
direto com marginais, seja vitimado por atos de mera vingança. O simples fato
de ser policial já se torna iminente risco de morte, razão pela qual o
policial, via de regra, procura camuflar sua identificação. O exemplo do Rio de
Janeiro, indicado como, pela ‘’Anistia’’ é prova que ela desconhece a realidade
daquela cidade, literalmente cercada por favelas e sede de maiores organizações
criminosas do mundo. As chamadas ‘’UPPs –
Unidades Policiais Pacificadoras’’ foram tentativa de reduzir a
criminalidade, naquelas favelas, mas os resultados alcançados ainda estão muito
longe das metas estabelecidas. As Secretarias de Segurança, de todas as
Unidades da Federação não dispõem de armamento, qualitativa e quantitativamente,
e muito menos de efetivo à altura das necessidades. Com a experiência de quem
advoga, há mais de 30 anos na área criminal, com passagem pela Diretoria da
Secretaria de Segurança do Rio, afirmo, sem nenhuma margem de erro, que nosso
policial, seja civil, seja militar é verdadeiro herói: sendo um dos mais mal
remunerados do mundo – fato não apontado pela ‘’Anistia’’ – vive em estado de permanente estresse, nunca sabendo
onde vai enfrentar o perigo e qual o real poder de fogo do inimigo. Por outro
lado, nossa legislação penal obsoleta confere ao marginal inúmeras regalias,
tendo se transformado em jargão popular a expressão ‘’a polícia prende e o juiz solta’’. E, se o juiz solta é porque
ele, escravo da lei, é obrigado a cumpri-la, mesmo sabendo que o delinquente,
que soltou, voltará a delinquir. Nosso sistema carcerário é medieval e nenhum
governo, em qualquer dos seus níveis, tem interesse em resolver o problema. Fica
mais fácil e menos oneroso criar leis, estabelecendo outras formas de
reprimendas, que não a restrição à liberdade, o que apenas serve para estimular
a criminalidade. Agora mesmo – e já falei sobre isto - , o Supremo Tribunal Federal
inclina-se para descriminalizar o porte de drogas, para uso próprio. Onde
imaginam que o consumidor drogado vai adquirir o produto, senão em mãos dos
traficantes, que possuem armamento pesado para protegerem suas ‘’empresas’’? Pois é o policial
estressado, mal remunerado, pessimamente equipado, que terá que enfrentar este
traficante, que ficará mais poderoso, com a descriminalização do uso da droga.
Por isso, não tenho dúvidas em afirmar que o relatório da Anistia Internacional
é um equivoco, porque analisa consequência, sem considerar as causas. Afinal, -
como diria o ‘’Coronel Nascimento’’ – quem puxa o gatilho da arma, que está na
mão do policial, é o governo, que o desprestigia, é o juiz que, obediente a uma
legislação anacrônica, privilegia o marginal, concedendo-lhe regalias, como o
direito de recorrer em liberdade, indulto de natal, saída nos dias dos pais
substituição da pena privativa de liberdade em prestação de serviços, etc, etc.
Enquanto isto, a ‘’Anistia’’, como
ilustre integrante da ‘’esquerda caviar’’,
escreve bobagens, enquanto a população se esconde dentro de casa, os mais afortunados
blindam seus carros, fecham suas ruas e contratam segurança privada. Nunca,
como hoje, viver é ato de coragem e os policiais são, sem dúvida, os maiores
heróis desse ato.
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