quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O ajuste é o ‘’óleo de fígado de bacalhau’’

Desde que Dª Dilma foi eleita, priorizo este espaço para falar mal dela, de seu (des) governo e do lulopetismo, que a pariu. Economistas, simples curiosos e até ignorantes já deitaram falação, responsabilizando-a pela crise econômica que, à exceção dos bancos, atinge a todos, empresários, empregados, profissionais liberais, aviltados em sua capacidade de produzir e consumir, mesmo o essencial. O País parou e a palavra de ordem é ‘’sobreviver’’. Projetos novos, nem pensar! Como dizia a marchinha de carnaval, de tempos idos, ‘’não faz marola, pra canoa não virar’’. Por outro lado, uma oposição pífia prefere ‘’fritar’’ a Presidente, lentamente, até as próximas eleições, como se o País resistisse até lá. Seria o impeachment – do qual já fui feroz partidário – a luz, no fim do túnel? Teria Michel Temer, ou qualquer outro, condições de, sem ‘’remédio amargo’’, consertar os erros cometidos e recolocar o Brasil no caminho do desenvolvimento? Tenho ouvido, todas as noites, dezenas de ‘’especialistas’’ discorrendo sobre a crise, ou melhor, sobre suas causas e apresentar soluções... de longo prazo. E quais as medidas de emergência? O carro quebrou na estrada e não adianta – ou adianta quase nada – falar que, antes da viagem, deveria ter passado por uma revisão, que o motorista é irresponsável, etc. Tudo isto é verdade, mas o carro continua quebrado na estrada e a única solução imediata é chamar o ‘’socorro’’. Sabemos que o Governo não produz riqueza e este, que aí está, recebeu o carimbo de ‘’mau pagador’’, o que significa que perdeu crédito, até no açougue da esquina. Então, o jeito é tirar, na ‘’mão grande’’, de quem tem, o contribuinte. Por isso, a CPMF, o aumento de tributos, já existentes, o corte de investimentos, até em programas sociais, o cancelamento de novos concursos públicos, enfim, o velho e conhecido ‘’arrocho’’, com o belo nome de ‘’ajuste’’, constitui o ‘’remédio amargo’’ que, gostando ou não, temos que engolir. Quando criança, era eu  forçado, pela minha mãe, a tomar um fortificante, chamado ‘’óleo de fígado de bacalhau’’, que tinha gosto pavoroso. Para me iludir com um certo conforto, ela me dava uma chave para segurar e que, - assegurava-me – amenizava o gosto amargo. Pois busquemos todos, em nossa ingenuidade, essa ‘’chave’’, esperança que esse ‘’ajuste’’ melhore a situação do País, ajudando-nos a atravessar estes difíceis momentos, que nos atormentam. Até porque, não há outra alternativa: enfraquecidos, temos que tomar esse fortificante de gosto amargo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário