Dados oficiais indicam que o governo gasta, cerca de 250
bilhões de reais, por ano, para pagar seus funcionários públicos, possuindo
cerca de 20 mil cargos comissionados, exatamente os que podem ser suprimidos,
numa ampla reforma administrativa. Se considerarmos – com otimismo – que o
salário médio de cada comissionado, é da ordem de 10 mil reais, chegamos à
aritmética conclusão que, na remotíssima hipótese de o governo extinguir todos
os cargos comissionados, a economia conseguida seria de 02 bi, o que
representaria uma pífia redução de 5% ao rombo do orçamento. Na seqüência da
analise dos dados oficiais, verificamos que o governo projeta gastar, no
próximo ano, cerca de 500 bilhões com a previdência social, sendo que a media
de idade de aposentadoria é de 55 anos para os homens e 53 anos para as
mulheres. Daí a sugestão de substituir o critério ‘’tempo de contribuição’’, por ‘’idade’’,
fixando-a em 60 anos para as mulheres e 65 para os homens. A idéia pode até
parecer razoável, mas só traria resultado a larguíssimo prazo, vez que, como a
Constituição manda respeitar ‘’o direito
adquirido e o ato jurídico perfeito’’, a nova regra apenas valeria para
quem estivesse ingressando agora, no sistema previdenciário. A Constituição Federal,
descendo a detalhes que melhor ficariam em lei ordinária, determinou que a
União aplicasse ‘’nunca menos de 18% em
educação’’ e 25% em saúde pública, o que representa alguma coisa em torno
de 800 bilhões de despesa obrigatória e ‘’imexível’’,
a lembrar nosso querido Ministro Magri. Acrescentem a esses números todos os
necessários repasses da União aos Estados e Municípios e se chega à obvia
conclusão que a conta não fecha e, para fechar, no futuro, reformas estruturais
precisam ser feitas, principalmente as reformas administrativa, tributaria e
previdenciária. Acontece que a Presidente, totalmente desgastada, não tem ‘’futuro’’ para implementar tais
reformas. FHC, com o apoio do Congresso, ‘’queimou’’
algumas empresas públicas. Dá para imaginar se Dª Dilma resolvesse vender
Furnas ou a Petrobrás? Com certeza, seria afogada no lago ‘’Paranoá’’. Eu, se fosse ela, começaria
vendendo esse monstrengo, chamado ‘’Brasília’’
e levava a Capital de volta, para o Rio, que conserva os prédios dos
Ministérios e o Palácio do Catete que, convenhamos, tem muito mais charme e
classe do que o Palácio da Alvorada. Brasília poderia ser transformada em uma ‘’Las Vegas’’, onde poderia tudo, desde
que 50% da renda fosse para os cofres da União. Na verdade, Brasília não trouxe
sorte para o País. Lá, Jânio renunciou, Jango foi deposto, Tancredo morreu,
Collor foi cassado. Considere minha sugestão, Presidente, ou vai tratando de
aumentar logo os impostos, que foi a ultima alternativa que lhe sobrou.
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