O Brasil já teve vários ditadores, de Floriano Peixoto aos
Generais-Presidentes, passando por Getúlio Vargas, o mais longevo deles. Seus
governos foram marcados, com maior ou menor intensidade, pelo arbítrio, todavia
os casos de corrupção, pontuais, nunca atingiram à pessoa do mandatário. Todos
esses ditadores tiveram traço comum: procuraram imprimir marca de respeito às
leis, fazendo editar Constituições, respectivamente, 1891 (Floriano) 1934 e
1937 (Getúlio) 1967 e 1969 (Regime Militar). E mais, não reagiram, quando
apeados do Poder, lembrando que Getúlio retirou-se para sua fazenda, no Rio
Grande do Sul, em 1945, e Figueiredo, saindo pela porta dos fundos do Palácio
do Planalto, dirigiu-se para seu sítio, na região serrana do Estado do Rio.
Vem-me esta reflexão quando constato que Lula, envolvido até o pescoço no mais
formidável escândalo de corrupção do planeta, resolve criar uma 5ª instância,
inexistente na organização judiciária brasileira, recorrendo ao ‘’Comitê de Direitos Humanos da ONU’’,
alegando que falta imparcialidade ao juiz, Sergio Moro, para julgá-lo e que o
mesmo estaria agindo com ‘’abuso de
autoridade’’. Lula é principal personagem de todas as delações premiadas,
principalmente dos presidentes das construtoras, envolvidas na operação ‘’lava jato’’. Sabemos que nenhuma
entidade, que integra a ONU – à exceção do Conselho de Segurança – tem
jurisdição sobre o Brasil, o que nos permite concluir que esta ida de Lula ao ‘’Comitê’’, subscrita por um dos mais importantes
e caros advogados do mundo, tem, apenas, o objetivo de, constrangendo o Juiz
Sergio Moro, em particular, o Poder Judiciário Brasileiro, no geral, impedir a
decretação de sua prisão, pela prática de uma legião de crimes, que vão do
Código Penal a leis especiais, como a que versa sobre ‘’lavagem de dinheiro’’.
Lula já deveria ter tido sua prisão decretada, tantos os seguidos atos
praticados, com a inequívoca intenção de obstruir a justiça. Aliás, até o
cachorro que dormita, a meu lado, sabe que ele, Lula, já teve sua prisão
decretada, quando foi levado ao aeroporto de Congonhas, onde o aguardava o
avião da Polícia Federal, que o levaria para Curitiba. No meio da operação, por
razão até agora não revelada, a prisão foi transformada em condução coercitiva
para ser ele ouvido. O raciocínio é claramente lógico, vez que, se fosse por
razões de segurança – como, à época, se alegou – certo seria levá-lo para o
prédio da Superintendência da Polícia Federal, nesta Capital, onde o acesso é
bastante restrito. Agora, os conjuntos probatórios dos ilícitos penais,
praticados por ele, deixaram de ser menos indícios. O triplex do Guarujá e o
sítio de Atibaia são tênues pontas de volumoso novelo de falcatruas que esse ‘’Ali Babá’’ tupiniquim praticou,
dilapidando o patrimônio público, desonrando o nome do Brasil e frustrando a
confiança de milhões de brasileiros que nele depositaram a esperança de tê-lo
timoneiro rumo a novos tempos. Muitos dos ‘’40
ladrões’’ que integram o bando de Lula estão presos ou portando tornozeleira
eletrônica. Falta, apenas, o chefe da organização criminosa. Agora, se ele,
Lula, entende que está sendo vítima da arbitrariedade ou parcialidade, a lei
faculta-lhe o direito de se insurgir, recorrendo aos Tribunais Superiores. Ir à
ONU, é total desrespeito ao Poder Judiciário brasileiro, ousadia não assumida
nem pelos ditadores, ao inicio mencionados.
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