Com a política parada, todo o mundo esperando o impeachment
da Dilma (quem é ela mesmo?), a gente fica sem assunto. Tá bom que tem os
atentados terroristas e o contra-golpe na Turquia, mas tudo isto está muito
longe de nós, um oceano no meio, então fica sem graça. E, aqui prá nós,
terrorismo tem todo dia no Brasil, principalmente em São Paulo e no Rio, onde
se mata mais do que na Síria. Podia falar das Olimpíadas, onde o dinheiro gasto
dava pra fazer duas. Vão ser 30 dias de encher a paciência de qualquer mortal,
Olimpíada de manhã, à tarde, à noite e, pela madrugada afora, resumo de tudo.
Falar do feijão a 15 reais o quilo e leite a 6 reais o litro é falta de
patriotismo, porque o Brasil disputará medalha em peteca, que virou esporte
olímpico. Como os Russos foram banidos, teremos chances de ganhar umas 20
medalhas. Outro dia, ouvi um jornalista vaticinar que ‘’os holofotes do mundo estarão voltados para o Brasil’’. Será? Melhor
não fora verdade, porque a coisa, por aqui, está brava: a lava jato ameaça
fechar o Congresso por falta de quorum; os alojamentos dos atletas começam a se
desfazer, antes de serem usados; as armas dos policiais, encarregados da
segurança, apresentaram defeitos de fábrica; o aeroporto do Galeão foi
considerado um dos piores do mundo; o próprio Prefeito do Rio, Eduardo Paes,
alertou os turistas para não esperarem grande coisa, ‘’porque aqui não é Chicago ou Londres’’,
coisa que eu, pelo menos, desconfiava, já que estive no Rio, outro dia, e vi o
centro da cidade virado de cabeça pra baixo, por causa das obras de um tal de
VLP, que sai da Praça Mauá e vai até ao aeroporto Santos Dumont, coisa de 3
quilômetros, se tanto. Aí você me pergunta: - se a festança é na Barra da
Tijuca, por que destruir o centro para fazer passar um ônibus (ou trem), que
circulará apenas por ali? Com extrema prudência, respondo: - sei lá, pergunte
ao Eduardo Paes! Só sei que os comerciantes, que roeram osso até aqui, esperam
encher a ‘’burra’’, nestes 30 dias e
já triplicaram o preço de tudo, que ninguém é besta. Uma moça, que trabalha na ‘’clínica de massagem’’, aqui ao lado,
leu que vão distribuir 500 mil preservativos, entre os atletas olímpicos e já
arrumou a mala, argumentando: - ‘’desse
atletismo eu também quero participar’’. Com certeza, teremos assunto para
comentar, só que eu não me meterei nesta primeira pessoa do plural, coisa para
especialista. Outro dia, vi, na televisão, o rapaz que vai nos representar no ‘’arco e flecha’’, com um equipamento que
tem até controle remoto, coisa mais complicada que em nada lembra os índios dos
filmes de John Waine?, cercando as caravanas e ele dando 100 tiros por minuto.
Ficarei distante das competições, lendo um livro, vendo um filme e escrevendo
minhas bobagens, já que não mais tenho condições físicas de disputar, até
mesmo, prova de cuspe à distância.
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