É antiga a assertiva de que, em matéria de relações
internacionais, os países, não têm amigos, mas interesses. Seguindo este
pragmatismo, o governo Temer, pelo cérebro de José Serra, vem se despregando do
viés ideológico, que marcou a era petista. Digo isto pelo trabalho,
desenvolvido pelo ex-senador, objetivando expulsar a Venezuela do MERCOSUL, que
lá entrou, através de um golpe, desencadeado quando Brasil, Argentina e Uruguai
eram ‘’um só coração’’ ainda suspirando
pelo sempre senil Fidel Castro. Afastados esses ventos fétidos, vivemos outros
tempos, onde não há espaço para um país com um governo autoritário e uma
economia destruída pela corrupção e pela má gestão da coisa pública. Hoje, a
Venezuela não soma, só subtrai, razão pela qual Brasil, Argentina e Paraguai
querem-na fora do MERCOSUL. Excluí-la, seria, até, ajuda que se daria aos
venezuelanos para expulsarem a corja chavista do Poder, tal qual fizemos, aqui,
com o lulopetismo. A presidência do MERCOSUL está vaga, porque o Paraguai
recusou-se a transferi-la à Venezuela. Todos torcemos pela recuperação de um
País que já foi a mais sólida economia da America Latina e que vem naufragando
desde Hugo Chavez. A acusação de que Serra tentara ‘’comprar’’ o voto do
Uruguai, para votar pela exclusão da Venezuela é mais um factóide, criado por Morales
e seus asseclas, que também os há por aqui. Na verdade, nosso Chanceler
procurou convencer o Uruguai do óbvio: que, com a Venezuela, o MERCOSUL perde a
confiabilidade de negociar no mercado internacional e pode, inclusive,
desaparecer, deixando as relações comerciais, exclusivamente, para acordos
bilaterais, o que, convenhamos, é muito melhor para Brasil e Argentina que,
junto com o Chile, são os países de expressão, na América Latina.
P.S.: consta que, ao interpor recurso junto à ONU, Lula
preparou caminho para se asilar, como ‘’refugiado político’’. Sabe onde?
Exatamente na Venezuela. Que infeliz sorte do povo, daquele País.
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