quinta-feira, 23 de junho de 2016

A hora e a vez de Janot



O Senado da República cogita da hipótese  de promover o afastamento de Rodrigo Janot do cargo de Procurador Geral da República. Não será de todo mal se tal hipótese se concretizar. Janot, buscando a luz dos holofotes, tem, sem consistência fática, não só pedido a prisão de expressivas figuras políticas, mas também permitindo o vazamento de tais pedidos. Por óbvio, ninguém pode ser contra que os envolvidos no maior escândalo de corrupção do mundo, concebido e gerado pelo lulopetismo, sejam punidos. Todavia, o que se repudia, é que o principio da presunção da inocência, esculpido em nossa Constituição, seja violado, sem gerar conseqüências para o violador. Não podemos deixar de reconhecer os ingentes esforços do Presidente Temer para nos tirar do abismo econômico, em que nos meteram 13 anos de petismo. A negociação da dívida dos Estados foi exemplo disto. Todavia, todo este trabalho fica comprometido, quando um sociopata, como Sergio Machado, abre a boca e gira sua metralhadora, procurando salvar a própria pele. É aí que Janot, de modo incompatível com a responsabilidade de seu cargo, mete a caneta e ‘’solta a voz’’ para a mídia. Já disse alguém que o principal papel da Imprensa é separar o joio do trigo. O problema é que ela só publica o joio. Nada contra a investigação, mas o correto é que ela só venha a público, quando devidamente fixada a culpabilidade do investigado. Janot, hoje, querendo ou não, parece trabalhar para trazer de volta Dilma e sua camarilha. Conheço inúmeros membros do Ministério Público que têm o mesmo juízo crítico, em relação à conduta do Procurador Geral, pelos prejuízos acarretados àquela Instituição, que tanto lutou para se fortalecer. O Supremo Tribunal Federal encontra-se estagnado, no julgamento dos processos comuns, dedicando-se, quase exclusivamente, às denuncias de Janot. Aos olhos do mundo – e principalmente dos investidores internacionais – somos um País, onde só há corruptos e do qual se deve passar longe. Assim, a expulsão de Janot, malgrado o trauma acarretado, pode ser medida profilática, substituindo-o por alguém, competente, sério e discreto, que cumpra seu dever, sem tambores e trombetas. 

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