O Senado da República cogita da hipótese de promover o afastamento de Rodrigo Janot do
cargo de Procurador Geral da República. Não será de todo mal se tal hipótese se
concretizar. Janot, buscando a luz dos holofotes, tem, sem consistência fática,
não só pedido a prisão de expressivas figuras políticas, mas também permitindo
o vazamento de tais pedidos. Por óbvio, ninguém pode ser contra que os
envolvidos no maior escândalo de corrupção do mundo, concebido e gerado pelo
lulopetismo, sejam punidos. Todavia, o que se repudia, é que o principio da
presunção da inocência, esculpido em nossa Constituição, seja violado, sem
gerar conseqüências para o violador. Não podemos deixar de reconhecer os ingentes
esforços do Presidente Temer para nos tirar do abismo econômico, em que nos
meteram 13 anos de petismo. A negociação da dívida dos Estados foi exemplo
disto. Todavia, todo este trabalho fica comprometido, quando um sociopata, como
Sergio Machado, abre a boca e gira sua metralhadora, procurando salvar a
própria pele. É aí que Janot, de modo incompatível com a responsabilidade de
seu cargo, mete a caneta e ‘’solta a voz’’ para a mídia. Já disse alguém que o
principal papel da Imprensa é separar o joio do trigo. O problema é que ela só
publica o joio. Nada contra a investigação, mas o correto é que ela só venha a
público, quando devidamente fixada a culpabilidade do investigado. Janot, hoje,
querendo ou não, parece trabalhar para trazer de volta Dilma e sua camarilha.
Conheço inúmeros membros do Ministério Público que têm o mesmo juízo crítico,
em relação à conduta do Procurador Geral, pelos prejuízos acarretados àquela
Instituição, que tanto lutou para se fortalecer. O Supremo Tribunal Federal
encontra-se estagnado, no julgamento dos processos comuns, dedicando-se, quase
exclusivamente, às denuncias de Janot. Aos olhos do mundo – e principalmente
dos investidores internacionais – somos um País, onde só há corruptos e do qual
se deve passar longe. Assim, a expulsão de Janot, malgrado o trauma acarretado,
pode ser medida profilática, substituindo-o por alguém, competente, sério e
discreto, que cumpra seu dever, sem tambores e trombetas.
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