quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Que se não me perca o amigo

Amigo queridíssimo, companheiro da mesma missa dominical, afirma apreciar meus escritos... menos quando falo mal de Dª Dilma e seu (des) governo, circunstancia que o faz deletar a matéria, já na primeira linha. É claro que se trata de beligerância especifica, que não entendo, mas que respeito. Gostaria, até por mim mesmo, poder, pelo menos, passar a largo de Dª Dilma e sua ‘’entourage’’, mas tantos são os desatinos cometidos que me sinto, digamos, perseguido por essa criatura nociva, que cresceu nociva, assaltando bancos e permanece nociva, em sua obstinação de destruir o País. Os empresários querem-na fora do governo; 90% da população querem-na fora do governo; os economistas, de modo uníssono, informam que, com ela, no Governo, a recessão caminha, a passos rápidos, para a maior depressão de nossa história. Em um primeiro momento, ele deu as mãos – e que mãos – a Eduardo Cunha. Execrado este, agora ela se prende aos dedos, não menos fétidos, de Renan Calheiros, desde que esse foi guinado a senhor e possuidor do processo de impeachment, obra e graça do ‘’puxadinho do Planalto’’ (expressão do historiador Marco Antonio Villa), vulgarmente conhecido como Supremo Tribunal Federal. Na apresentação de sua obra ‘’Nova Constituição Brasileira – anotada’’, o professor Gilberto Caldas transcreve o seguinte pensamento de Rui Barbosa, o príncipe dos advogados: ‘’num País de liberdade e ordem, quem sobre todos manda é a lei, a rainha dos reis, a superiora dos superiores, a verdadeira soberana dos povos.’’ Soberbo pensamento, mas inaplicável ao Brasil de hoje, cuja Corte Suprema, guiada pelo voto do Ministro Barroso – com aquele ar de quem ainda não se acomodou, confortavelmente, na ponta da espada da deusa Themis – estupra a Constituição, viola o principio da soberania dos poderes e age como simples mandatária da madame presidente. Assim, perco o privilégio de ter meu dileto amigo Marcelo, seguindo estas ‘’mal traçadas’’. Mas, que culpa tenho eu, mero espectador dos fatos? 

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