A Presidente Dilma, mais perdida que cego em tiroteio, cria ‘’conselhão’’, integrado por cerca de 90
membros, que, juntamente com ela, procurará encontrar saída para a crise
econômica, que nos assola. Convivi com um Ministro, de notável saber e raro bom
senso, que dizia que, quando não queria resolver questão, sobre a qual estava
sendo pressionado, nomeava comissão integrada por cinco ou mais membros ‘’para estudar o assunto e dar parecer.’’ Como
a comissão não conseguia chegar a um consenso, o ‘’assunto’’ acabava por cair no vazio. O ‘’Conselhão’’ da Presidente tem de tudo: desde representantes dos
bancos, passando por empregada doméstica e chegando ao inefável ‘’Capitão Nascimento’’, vulgo Wagner Moura. Marcelo Odebrecht, que
representaria o setor da construção civil (tema do primeiro ‘’encontrão’’), por circunstancias alheias
a sua vontade, não poderá comparecer. Tanto a composição do ‘’Conselhão’’, quanto os resultados
esperados são discutíveis. Os bancos já estiveram representados, no Governo,
pelo ex - Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que saiu, frustrado, por não
concordar com a política econômica, ditada pela Presidente. E, pergunto, que
contribuição para as nossas agruras poderá dar a ‘’líder das empregadas domésticas’’? Só se for para ensinar os ‘’macetes’’ para economizar na cozinha,
ou no material de limpeza. Quanto à escolha do ‘’Capitão Nascimento’’, esta achei certíssima. É fundamental a
presença de homem de pulso forte, para comandar 90 pessoas de formação tão
dispare. E, já que está por lá mesmo, o Capitão, e sua tropa de elite poderão
‘’dar uma geral’’ e ampliar os resultados das operações ‘’lava jato’’ e ‘’zelotes’’.
Até o cachorro, que cochila a meu lado, sabe que a crise é essencialmente
política, gerada pela definitiva falta de confiança, neste (des) governo que,
dentre tantas mazelas, fatia a Petrobrás, vendendo suas partes, a quem
interessar possa. Collor, querendo se safar, nomeou um ‘’Ministério de Notáveis’’. Não se livrou do Impeachment. Dilma,
agora, cria este heterogêneo ‘’Conselhão’’.
Está cheirando à repeteco ou, para os mais velhos, o ‘’baile da Ilha Fiscal’’.
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