Viver muito nos faz testemunhas oculares da historia, o que é
bom, mas também ruim, principalmente, quando a historia se repete, em
velocidade fantástica, como acontece, aqui, no ‘’bananal’’. Primeira eleição direta, após o círculo militar. Collor
e Lula travam verdadeiro ‘’vale tudo’’,
inclusive xingar a mãe. Collor vence, mas, dois anos depois é apeado do Poder,
graças à força do lulopetismo que, à época, seduzia todas as camadas sociais.
Collor mergulha em prolongado ostracismo, mas como somos um povo sem memória
moral, volta à cena como Senador por Alagoas, seu Estado natal. Seria lógico imaginar
que se tornaria ele o mais figadal inimigo de Lula e do PT, afinal, 10 anos é
ontem à noite, em termos de historia. Mas qual o que: agora, quando jorram
delações premiadas pelos canos da ‘’lava-jato’’,
descobre-se que tanto Lula, como seu poste, Dilma, entregaram, nas mãos de
Collor a ‘’Br - Distribuidora’’, a
jóia da coroa da Petrobrás. Através de seu preposto e amigo de infância, Pedro
Paulo Leoni, teceu-se, naquela subsidiária, magnífica rede de corrupção, por
onde escoaram milhões de dólares, em propina. Segundo a Procuradoria Geral da
República, a ‘’concessão’’ da BR – Distribuidora
à Collor deu-se como contrapartida ao apoio do PTB alagoano – partido ao qual
Collor é filiado – aos governos Lula/Dilma. Teria sido só isto? Afinal, o PTB
alagoano não é tão representativo assim. Leoni ‘’operava’’ só para o Senador, ou não seria, também, mais um
integrante da máfia lulopetista? O delator Cerveró, aciona sua metralhadora
giratória e acerta em Renan Calheiros (o novo protetor de Dilma) e em várias
figuras coroadas do PT, inclusive Dilma e Lula. A pergunta que fica, no ar, é:
quem será responsável por apagar as luzes do Palácio do Planalto e dos prédios
do Congresso Nacional? E a reflexão, que faço: em 1989, no segundo turno, votei
no Collor, para Presidente. Se imaginasse que fossem ele e Lula tão iguais,
teria votado nos dois.
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