quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

O passado abraça o presente

Viver muito nos faz testemunhas oculares da historia, o que é bom, mas também ruim, principalmente, quando a historia se repete, em velocidade fantástica, como acontece, aqui, no ‘’bananal’’. Primeira eleição direta, após o círculo militar. Collor e Lula travam verdadeiro ‘’vale tudo’’, inclusive xingar a mãe. Collor vence, mas, dois anos depois é apeado do Poder, graças à força do lulopetismo que, à época, seduzia todas as camadas sociais. Collor mergulha em prolongado ostracismo, mas como somos um povo sem memória moral, volta à cena como Senador por Alagoas, seu Estado natal. Seria lógico imaginar que se tornaria ele o mais figadal inimigo de Lula e do PT, afinal, 10 anos é ontem à noite, em termos de historia. Mas qual o que: agora, quando jorram delações premiadas pelos canos da ‘’lava-jato’’, descobre-se que tanto Lula, como seu poste, Dilma, entregaram, nas mãos de Collor a ‘’Br - Distribuidora’’, a jóia da coroa da Petrobrás. Através de seu preposto e amigo de infância, Pedro Paulo Leoni, teceu-se, naquela subsidiária, magnífica rede de corrupção, por onde escoaram milhões de dólares, em propina. Segundo a Procuradoria Geral da República, a ‘’concessão’’ da BR – Distribuidora à Collor deu-se como contrapartida ao apoio do PTB alagoano – partido ao qual Collor é filiado – aos governos Lula/Dilma. Teria sido só isto? Afinal, o PTB alagoano não é tão representativo assim. Leoni ‘’operava’’ só para o Senador, ou não seria, também, mais um integrante da máfia lulopetista? O delator Cerveró, aciona sua metralhadora giratória e acerta em Renan Calheiros (o novo protetor de Dilma) e em várias figuras coroadas do PT, inclusive Dilma e Lula. A pergunta que fica, no ar, é: quem será responsável por apagar as luzes do Palácio do Planalto e dos prédios do Congresso Nacional? E a reflexão, que faço: em 1989, no segundo turno, votei no Collor, para Presidente. Se imaginasse que fossem ele e Lula tão iguais, teria votado nos dois. 

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