sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O moribundo volta à cena

O ex-presidente Lula saiu do estado de mudez, em que se encontrava e deitou falação: ‘’não tem neste País viva alma mais honesta que eu.’’ E, com exaltação, afirmou que ‘’aprendi honestidade com minha mãe, que era analfabeta’’. Uai (perdoem-me o ‘’mineirês’’) qual a correlação entre o analfabetismo e honestidade? Quis dizer o ilustre mancebo que sua mãe era honesta porque era analfabeta ou que só os analfabetos são honestos? Dúvidas interpretativas à parte, melhor teria sido Lula explicar o triplex do Guarujá; o sítio de Atibaia; porque Bumlai tinha a entrada franqueada, a qualquer hora, em seu gabinete; sua relação com a OAS; suas palestras pagas, a peso de Kissinger e Al Gore, pela Odebrecht; porque e como seu filho, de porteiro de zoológico passou a dono de empresa e o outro, de assistente de Luxemburgo a também empresário de sucesso, na área de marketing esportivo; porque seu homem de confiança, José Dirceu, foi duas vezes preso e ele continua por aí; idem o tesoureiro de seu partido; A segunda pérola de nosso alfabetizado ex-presidente foi afirmar ‘’que está na hora da sociedade brasileira acordar e exigir mais democracia, mais direitos humanos’’. Uai, que trem mais doido, gente! A Presidente é cria do homem. O partido, que domina o Poder, é o partido do homem e ele diz que falta ‘’democracia’’ e ‘’direitos humanos’’? Se falta, então de quem é a culpa? Ou será que, no elevado conceito do nosso intelectual ex-presidente, a democracia confere ao governante o direito de se apropriar da coisa pública? E seria ‘’desumanidade’’ trancafiar os larápios que destruíram a maior e mais importante empresa brasileira? Numa coisa Lula está certo: está mais do que na hora da sociedade brasileira acordar. Está na hora da depauperada indústria acordar. Dos 20 milhões de desempregados acordarem. Dos aposentados acordarem. Dos professores, com seus pífios salários, acordarem. Dos que são achacados, pagando juros de 10 ou mais por cento ao mês, acordarem. Dos humilhados, a esperarem por uma saúde pública decente, acordarem. E, despertos, mostrarmos, pela palavra ou pela força, que queremos ser, não uma Bolívia, não uma Venezuela, mas um País digno e próspero, a merecer o respeito do mundo civilizado.


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