terça-feira, 2 de junho de 2015

Para falar em Neymar e Messi


Qual a diferença entre um jogador de futebol, considerado ‘’crack’’, no sentido apenas esportivo do termo e o jogador que, além de tudo isto, é um homem de caráter e personalidade formados. Pois esta é a diferença entre Messi e Neymar. O que fez o Argentino ser considerado o ‘’melhor do mundo’’ (a meu modesto juízo, muito acima de Maradona) foi sua conduta impecável dentro e fora de campo. A incrível habilidade com que cria espaços e abre caminho em direção ao gol contrário, alia-se a seu comportamento respeitoso para com adversários e torcedores. Não simula contusões, não dá pontapés e entradas violentas e muito menos provoca brigas. Por outro lado, mantém discreta vida particular, longe de holofotes e fofocas.
Neymar, por sua vez, é o reverso da medalha. Já sua contratação pelo Barcelona, tornou-se negocio nebuloso, que está sendo investigado por autoridades espanholas e brasileiras. Aceitou o papel de co-adjuvante de Leonel Messi, mas, sempre que pode, revela sua fraca personalidade. E isto ficou demonstrado no jogo contra o Atlético de Bilbao, pela ‘’Copa do Rei’’. A partida já estava decidida – mais uma vez, graças ao engenho e arte de Messi -, quando, aos 40 minutos do segundo tempo, Neymar tenta, com uma ‘’lambreta’’, fazer jogada de efeito, tripudiando sobre seus adversários. A reação desses foi imediata e,não tivesse Neymar ‘’afinado’’, teria provocado uma briga que, por certo, empanaria o brilho da vitoria do time catalão. Foi duramente criticado pela imprensa espanhola e pelo próprio técnico do Barcelona. Poder-se-ia justificar a conduta do brasileiro pela sua origem humilde, sua precária educação, aliado ao fato de que, nestas plagas, tripudiar sobre o adversário traz regozijo à galera. Coisa de País de terceiro mundo. Todavia, ao que consta, Messi também é egresso de família de pouca condição sócio-econômica. O fato de ter se transferido para a Espanha, aos 14 anos, talvez tenha lhe proporcionado outra formação, como, por exemplo, entender que o adversário merece e deve ser respeitado, principalmente, quando está sendo vencido. Vimos, na trágica derrota de 7 a 1, para a Alemanha que, em nenhum momento, por qualquer ação ou gesto, os alemães tripudiaram sobre nossa desventura.

Eu diria que Neymar ainda está a caminho da Europa e somente chegará lá, quando aprender noções fundamentais de civilidade. Talvez uma terapia ajuda a encurtar o caminho.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário