A pergunta, que emerge dos que têm consciência da crescente
crise, que assola o País, é se é justo e digno que a Presidente, apenas para se
manter no cargo, arraste o País para o caos econômico, de difícil recuperação.
O Ministro da Aviação Civil, integrante da coordenação política do governo,
afirma que esse ‘’bateu no fundo do poço’’. Lula, agora definitivamente envolvido no ‘’Petrolão’’ e lobista confesso da Odebrecht
e da Camargo Correa, declara que ele, o PT e a própria presidente, estão no ‘’volume morto’’. O índice de desemprego
equipara-se ao de 20 anos atrás. A inflação crescente, já ultrapassou aos 10%
(a confessada, pois, a real, já chegou aos 20%, como pode constatar qualquer
um, que vai às compras). A impopularidade do Governo assemelha ao do Collor, no
olho do furacão do impeachment. Recebo correspondência da operadora de meu
plano de saúde, comunicando-me aumento de 20%, já a partir de julho e não tenho
nada a fazer – tal qual milhares de outros brasileiros, em situação análoga –
senão me submeter à extorsão, já que a saúde pública, no Brasil, é grosseira
falácia. Para se ter idéia de descalabro, na saúde, o Hospital São Paulo, o
segundo maior de nossa Capital, está atendendo apenas ‘’emergência’’, já que não dispõe de verba para comprar material e
pagar serviços, como, por exemplo, a limpeza de suas instalações. O aumento de
impostos (PIS/COFINS) sobre produtos importados, se atinge supérfluos, como
bebidas e cosméticos, provocará o aumento do trigo e de produtos farmacêuticos.
Ativos financeiros do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal foram
desviados para pagar obras do PAC e do programa ‘’Minha Casa Minha Vida’’, em descarada afronta à lei e a
Presidente, em inusitada humilhação, foi intimada, pelo Tribunal de Contas da
União, a prestar esclarecimentos dos desvios contábeis praticados. A taxa de
juros, para empréstimos pessoais bateu mais de 57% ao ano, a mais alta
registrada pelo Banco Central, desde 2011, a demonstrar ser Joaquim Levy quem
comanda, sem restrições ou interferência, a economia, privilegiando, de forma
deslavada, os bancos, em detrimento da indústria, do comercio e do trabalhador.
Por outro lado, a Câmara e o Senado, desfocados de temas essenciais e urgentes,
discutem perfumarias, apenas para afrontar o Palácio do Planalto. Reduz-se a
maioridade penal – o que é correto -, mas se foge do debate objetivo sobre a
reforma do sistema penitenciário, enquanto o ‘’Fundo’’ de mesmo nome possui, sem utilização, cerca de 10 bilhões
para modernizar tal sistema. O Governo Dilma é um ‘’natimorto’’, que precisa ser enterrado. Também acredito que a
Presidente seja, pessoalmente, honesta, mas, pior do que isto, é absurdamente
incompetente e inoperante, o que a obrigou a transferir para terceiros a ação
de governar. Sua falta de comando ficou registrada na operação ‘’erga omnes’’, deflagrada pela Polícia
Federal sem o conhecimento dela, Presidente e do próprio Ministro da Justiça,
apenas em tese, chefe da Polícia Federal. O Brasil mergulhou em incontida onde
de pessimismo, o que só agrava a crise. O nosso conceito internacional é objeto
de chacota, principalmente quando nossa política externa prefere dar os braços
aos patéticos Morales e Maduro. A Presidente – insisto – se tivesse um mínimo
de respeito pela sua biografia (que, pelo menos, para ela deva ter valor),
deveria renunciar, propiciando (ainda é tempo) a realização de novas eleições.
Pior que está, por certo, não ficará.
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