terça-feira, 23 de junho de 2015

E a saída, onde fica?

A pergunta, que emerge dos que têm consciência da crescente crise, que assola o País, é se é justo e digno que a Presidente, apenas para se manter no cargo, arraste o País para o caos econômico, de difícil recuperação. O Ministro da Aviação Civil, integrante da coordenação política do governo, afirma que esse ‘’bateu no fundo do poço’’. Lula, agora definitivamente envolvido no ‘’Petrolão’’ e lobista confesso da Odebrecht e da Camargo Correa, declara que ele, o PT e a própria presidente, estão no ‘’volume morto’’. O índice de desemprego equipara-se ao de 20 anos atrás. A inflação crescente, já ultrapassou aos 10% (a confessada, pois, a real, já chegou aos 20%, como pode constatar qualquer um, que vai às compras). A impopularidade do Governo assemelha ao do Collor, no olho do furacão do impeachment. Recebo correspondência da operadora de meu plano de saúde, comunicando-me aumento de 20%, já a partir de julho e não tenho nada a fazer – tal qual milhares de outros brasileiros, em situação análoga – senão me submeter à extorsão, já que a saúde pública, no Brasil, é grosseira falácia. Para se ter idéia de descalabro, na saúde, o Hospital São Paulo, o segundo maior de nossa Capital, está atendendo apenas ‘’emergência’’, já que não dispõe de verba para comprar material e pagar serviços, como, por exemplo, a limpeza de suas instalações. O aumento de impostos (PIS/COFINS) sobre produtos importados, se atinge supérfluos, como bebidas e cosméticos, provocará o aumento do trigo e de produtos farmacêuticos. Ativos financeiros do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal foram desviados para pagar obras do PAC e do programa ‘’Minha Casa Minha Vida’’, em descarada afronta à lei e a Presidente, em inusitada humilhação, foi intimada, pelo Tribunal de Contas da União, a prestar esclarecimentos dos desvios contábeis praticados. A taxa de juros, para empréstimos pessoais bateu mais de 57% ao ano, a mais alta registrada pelo Banco Central, desde 2011, a demonstrar ser Joaquim Levy quem comanda, sem restrições ou interferência, a economia, privilegiando, de forma deslavada, os bancos, em detrimento da indústria, do comercio e do trabalhador. Por outro lado, a Câmara e o Senado, desfocados de temas essenciais e urgentes, discutem perfumarias, apenas para afrontar o Palácio do Planalto. Reduz-se a maioridade penal – o que é correto -, mas se foge do debate objetivo sobre a reforma do sistema penitenciário, enquanto o ‘’Fundo’’ de mesmo nome possui, sem utilização, cerca de 10 bilhões para modernizar tal sistema. O Governo Dilma é um ‘’natimorto’’, que precisa ser enterrado. Também acredito que a Presidente seja, pessoalmente, honesta, mas, pior do que isto, é absurdamente incompetente e inoperante, o que a obrigou a transferir para terceiros a ação de governar. Sua falta de comando ficou registrada na operação ‘’erga omnes’’, deflagrada pela Polícia Federal sem o conhecimento dela, Presidente e do próprio Ministro da Justiça, apenas em tese, chefe da Polícia Federal. O Brasil mergulhou em incontida onde de pessimismo, o que só agrava a crise. O nosso conceito internacional é objeto de chacota, principalmente quando nossa política externa prefere dar os braços aos patéticos Morales e Maduro. A Presidente – insisto – se tivesse um mínimo de respeito pela sua biografia (que, pelo menos, para ela deva ter valor), deveria renunciar, propiciando (ainda é tempo) a realização de novas eleições. Pior que está, por certo, não ficará.  

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