Margaret Thatcher já dizia, com aguçado tirocínio, que a
esquerda é muito competente para governar... até que o dinheiro acaba. Aqui, em
nossa desnutrida America Latina, os exemplos da veracidade de tal assertiva
seguem, em progressão geométrica. Já nem mais falo do Brasil, até por questões
familiares, apesar do arrocho fiscal, que coloca o próprio partido da
presidente, em oposição a ela. No patético Congresso de Salvador, Dª Dilma
chegou a ser vaiada e, quando alguém pediu uma ‘’cadeira’’, entendeu-se ‘’cadeia’’
e daí resultou em tresloucada debandada. Mas, deixemos o Brasil, que virou ‘’café ralo’’ e, como exemplos de
esquerda, em derrocada, olhemos para a Argentina, onde falta até absorvente
íntimo, para a Venezuela que, em crise permanente, sobrevive, graças ao
petróleo, vendido aos Estados Unidos e para o Chile, outrora o País,
economicamente mais estável do continente, mas, lançado nas mãos de uma
esquerda anacrônica, mergulhou no mesmo poço, em que nos encontramos. E ainda
tem a Bolívia, que continua a mesma porcaria de sempre, exportando mão de obra
escrava e cocaína. Lá para as bandas dos países civilizados, o quadro não é
diferente. Na Grécia, a esquerda ganhou a eleição na base ‘’nós somos mais nós’’ e agora já vive em ‘’estado de emergência’’, sem encontrar saída para negociar com os
credores internacionais. A União Européia, Alemanha à frente, tem envidado
esforços para evitar que a crise grega gere conseqüências catastróficas para o
povo, que já convive com a escassez de medicamentos e de fornecimento de
energia. Enquanto isto, o Primeiro Ministro, Tsipras, legítimo representante da
esquerda dinossáurica, aguarda, candidamente, que os credores perdoem a dívida
contraída pela Grécia e solta esta pérola: ‘’não
temos o direito de enterrar a democracia européia, no local onde ela nasceu’’.
Por falar em ‘’democracia’’, o Primeiro Ministro grego deveria ter percorrido
as obras de seu conterrâneo, Aristóteles (384-322 A.C), principalmente ‘’A Política’’, onde o filósofo ensina
que quem não produz adequadamente para prover suas necessidades e as de sua
prole, transforma-se, necessariamente, em ‘’escravos’’.
Parece que Tsipras está mais na linha do poeta Teodecto, discípulo de
Aristóteles, que poetava, sonhando: ‘’de
uma raça de deuses descendente I, quem de escrava ousaria chamar-se?’’
Milênios se passaram, meu caro Tsipras, gastou – e o fez de forma desmedida –
tem que passar no caixa para pagar a conta e isto nada tem a ver com
democracia. Irrito-me com a conta de luz mais alta, com a conta de água, mais
alta, mas se não as pago, cortam-me o fornecimento e isto nada tem a ver com
democracia. Se meu consumo está acima de minha capacidade de pagar, só me resta
reduzi-lo, mesmo que isto me traga desconforto. O que não posso é pretender que
o vizinho pague pelo meu excesso de consumo. Pois é exatamente esta a lógica da
esquerda grega. Foram ao fim, e sacaram cerca de 02 bilhões de euros, gastaram,
concedendo demagógicos benefícios sociais – tal qual Dª Dilma fez aqui – e,
agora, querem transferir a conta para a Comunidade Européia. Lá, como cá, já se
fala em novas eleições. Aqui, pelo menos, nossa presidente optou por uma ‘’renuncia branca’’, terceirizando o
governo e indo viajar mundo afora, que ninguém é de ferro.
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