O governo Dilma, com o caixa vazio, em decorrência das
insanidades econômicas praticadas, para poder se reeleger, acaba de anunciar um
‘’plano de concessões’’, através do
qual se transferirá para a iniciativa privada cerca de 200 bilhões de reais, em
áreas como aeroportos, portos, rodovias e ferrovias. Para bem entender o plano:
o governo transfere, sob forma de concessão, tais sistemas de transporte para a
iniciativa privada que deverá investir neles os citados 200 bilhões. O ‘’Programa’’ deve estar arrancando os
cabelos do petismo que, inerte e desmoralizado, assiste à minimização da
máquina estatal. Que se diga, em defesa de Dª Dilma, antes de ser ela execrada
pelos ‘’companheiros’’; a ideia não é
dela, é da área econômica, a qual ela não tem acesso e muito menos poder de
mando. Sem dinheiro para investimentos, necessários à retomada do crescimento,
o governo espera que o empresariado meta a mão no bolso, o que não será tarefa
fácil, principalmente quando se constata que as principais empresas, que atuam
em concessões públicas, estão atoladas na operação ‘’lava jato’’. Ontem, o ‘’chefe’’
da CGU soltou uma pérola, que assustou até o cachorro, que comia ração a meu
lado. (Ele, não eu, que ainda dá para o arroz e feijão). Disse aquela augusta
autoridade: ‘’até que se fique
definitivamente provada a culpa das empreiteiras, poderão elas continuar
contratando com o Poder Público’’. Ignorância? Cinismo? O certo é que todos
os principais executivos daquelas empreiteiras, em sede de delação premiada,
confessaram as fraudes em licitações, apontaram os beneficiados com a corrupção
e, alguns, até se dispuseram a devolver o dinheiro surrupiado. São eles, pois,
réus confessos, a quem se impõe a ‘’declaração
de inidoneidade’’, expressamente prevista na chamada ‘’lei das licitações’’, a de número 8666/93. Por tal penalidade, a
empresa apenada fica impedida de contratar com a administração pública, em
qualquer de seus níveis, até ressarcir pelos prejuízos causados e por prazo não
inferior a 02 anos. (incisos II e III do art.87 da lei citada). Outro
complicador para as concessões anunciadas pelo ‘’Governo Levy’’ é a falta de regras claras. As pesquisas vem
indicando que, mesmo após a chegada de Joaquim Levy, o índice de confiabilidade
dos empresários, em relação ao governo, vêm caindo, progressivamente. Assim,
sem regras precisas e seguras, o ‘’Programa’’
longe estará dos resultados almejados, como já aconteceu em passado recente. Em
síntese: a idéia é boa, só quem não presta são seus autores. Neste momento,
talvez os empresários, estejam a fazer a seguinte pergunta: vale a pena e o
risco fazer negócio com Al Capone?
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