Nunca levei a sério a intenção do Congresso Nacional, em
realizar reforma política. São 28 partidos políticos, dos quais, com imensa boa
vontade, 20 podem ser atirados ao lixo, já que só existem para sugar dinheiro
público, através do famigerado ‘’fundo partidário’’
e que vendem ou alugam suas legendas. Como entender que não sejam eleitos os
mais votados? Pra que melhor negocio, do que ser candidato no partido dos
Tiririca da vida? Imagine se o Roberto Carlos sai candidato a deputado federal,
quantos outros, de medíocre votação, ele não arrastaria? Outra balela é o
debate sobre financiamento de campanha. Como se esperava, tudo continuará
igual, com financiamento privado, de pessoas físicas e jurídicas e não
estranharei se a esse se juntar o financiamento público. Agora, é pelo menos
irônico o PT defender o financiamento público, sob o argumento de que esse
terminaria com a corrupção, que advém do financiamento privado. Quando li essa
noticia em voz alta, o cachorro (agora, mortos dois, só me restam oito) mais
idoso, que cochilava a meu lado, ergueu-se nas 4 patas e latiu exaltado: - ‘’ué, mas de que recursos vem se valendo o
PT, desde que chegou ao poder, não foi de dinheiro surrupiado das empresas do
governo?’’ Por mim, doa quem quiser, principalmente os associados e
simpatizantes dos partidos. Apenas deveria ter um controle mais rigoroso dessas
despesas de campanha, cuja prestação de contas não convence ninguém. Quanto à
reeleição, vamos brincar de colocar a verdade histórica, em seu devido lugar.
Foi ela criada para prorrogar FHC no Planalto, já que, o ilustre mestre e o PSDB,
tal qual o PT o faria, sonharam com um ‘’reich
de mil anos’’. FHC foi embora, porque seu prazo de validade esgotou e o
partido, sem líder à altura, levou uma sova do PT que, agora, sabe que levará
uma sova de qualquer um. Dilma entregou o governo ao PMDB que, bebendo na fonte
da sabedoria, exerce o poder de fato, sem se expor à execração pública. Reforma
política para valer, deveria extinguir partidos que não tivessem, pelo menos,
10 representantes no Congresso (Comarca + Senado); eleição majoritária para
deputados; proibição de coligações nas eleições; cláusula de barreira, que
impedisse a mudança de partido, na mesma legislatura; fim da reeleição e do
voto obrigatório e financiamento apenas de pessoas físicas devidamente
declaradas no imposto de renda, para as campanhas eleitorais. Fora disso, ‘’são tertúlias plácidas para embolar bovino’’.
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