Chico Buarque de Holanda saiu do sarcófago, foi assombrar
ator, proibindo-o de cantar ancestrais músicas suas e, ontem, ressurgiu no Rio,
nas manifestações ‘’pró Dilma’’ e ‘’pró Lula’’. Ah, o velho e memorável
Chico, hábil e astuto oportunista! Fez fama e fortuna, compondo músicas de
protesto ao regime militar e, quando o tempo esquentou, corajosamente
refugiou-se na Itália, bebendo bons vinhos e comendo saborosa ‘’pasta’’. Na verdade, nunca incomodou aos
militares, pois sua oposição era feita da varanda do ‘’Antonio’s’’, o então mais badalado – e caro – restaurante do Rio,
freqüentado por artistas de esquerda e milionários, de todo o gênero. O regime
militar foi embora, deixando o Brasil nas mãos dos corruptos civis, à exceção
de Itamar Franco e Chico continuou compondo, agora com menos intensidade. Os
infames e detratores (sempre os há, em profusão) insinuam que a inspiração de
Chico sofreu brutal baque com a morte do pai, o historiador, Sergio Buarque de
Holanda. Insinuação pérfida, com a qual não comungo! É que o Chico estava
preocupado em defender Fidel e Chavez, tarefa ingente para quem sempre se
apregoou paladino da liberdade. Também andou escrevendo uns dois ou três
livros, que não decolaram. Depois sumiu e as novas gerações desconhecem a ele e
a sua obra, o que é uma pena, porque tem muita coisa boa, à exceção dos ‘’hinos revolucionários’’. A ultima vez
que Chico se mostrara ao mundo foi beijando mulher, nas águas do Leblon. O
marido da dita cuja deu entrevista, enraivecido, chamando Chico de ‘’velho babão’’. Babão, mas faturou a
mulher do cara que, no fundo, deve ter ficado envaidecido pelos chifres
levados. Agora, Chico volta a brilhar, em plena Cinelândia, defendendo Dilma, a
incompetente e Lula, o milionário, que, ‘’sem
querer, querendo’’, colocou seu patrimônio em nome de terceiros. Chico é
assim mesmo: sempre escolheu péssimas companhias políticas. Chico é assim
mesmo: sempre apoiou – e continua apoiando – ditaduras sanguinárias e, se
possível, faturar ‘’algum’’. Não me surpreenderei se se transformar no ‘’muso’’ dos movimentos que chamam de ‘’golpe’’ o despejo de uma presidente,
cuja campanha foi movida com o dinheiro do ‘’petrolão’’. O velho e esperto Chico, aproveitando a ocasião, volta
à ribalta, mistura-se ao povão, realiza alguns shows, reforça o caixa e retorna
a seu uísque de incontáveis anos, a sua confortável residência e a seu
particular campo de futebol, onde, por certo, peão não entra.
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