O debate, que agora se trava, é saber porque a esquerda vem
perdendo força e a direita vem se consolidando, inclusive na America Latina,
com Macri, na Argentina e Keiko Fujimori (ou Pedro Kuczynksi), no Peru. A
resposta se me afigura bastante simples: a esquerda, onde governou ou governa
faz do assistencialismo popular sua marca registrada, violando a regra básica
da economia, qual seja a de que, antes de tudo, é preciso implementar o
desenvolvimento, ou, em linguagem vulgar, antes de dividir o bolo, é preciso
fazê-lo. O ‘’Kerchismo’’ quebrou a
Argentina, gerando a maior inflação e o maior desemprego de sua historia. O ‘’chavismo’’ idem, na Venezuela e Cuba
continua no século XIX. E, para complementar, esses governos de esquerda
pretendem sufocar a liberdade de expressão e se envolveram em rumorosos casos
de corrupção. No Brasil, é, pelo menos precipitado afirmar que o lulismo
representou um governo de esquerda. Lula, como se sabe, foi criação do General
Golbery do Couto e Silva, no final do Governo Geisel, ‘’fabricava’’ greves, quando a indústria automobilística estava com
excesso de produção e queda de demanda e, segundo Romeu Tuma Jr., foi
informante do DOPS. Seu governo privilegiou os grandes conglomerados,
especialmente os bancos, que jogaram as taxas de juros na estratosfera. Por
certo, este não é o perfil de governo de esquerda, apesar dos ‘’melancias’’ suspirarem pelo ‘’Barba’’. Quanto à Dilma, difícil é
fixar qualquer linha ideológica para seu governo, tal o arco de aliança,
obrigada a fazer, como condição de sobrevivência. Pode-se afirmar que foi o
governo do fisiologismo, onde couberam, no mesmo cesto, Jaques Vagner, Paulo
Maluf e Fernando Collor. Na verdade, esta dicotomia esquerda/direita, apenas
sobrevive – e na teoria – nos países subdesenvolvidos. A globalização, principalmente
a econômica, fortaleceu o capitalismo, com suas vigas mestras, a livre
iniciativa e a propriedade privada. Os países desenvolvidos pensam um ‘’Estado mínimo’’, cuja função é levar
bem estar aos menos afortunados. Como afirmava, com bastante propriedade,
Margareth Thatcher: a esquerda é muito competente para discursar, mas
absurdamente incompetente para administrar.
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