terça-feira, 12 de abril de 2016

Um desgastado debate



O debate, que agora se trava, é saber porque a esquerda vem perdendo força e a direita vem se consolidando, inclusive na America Latina, com Macri, na Argentina e Keiko Fujimori (ou Pedro Kuczynksi), no Peru. A resposta se me afigura bastante simples: a esquerda, onde governou ou governa faz do assistencialismo popular sua marca registrada, violando a regra básica da economia, qual seja a de que, antes de tudo, é preciso implementar o desenvolvimento, ou, em linguagem vulgar, antes de dividir o bolo, é preciso fazê-lo. O ‘’Kerchismo’’ quebrou a Argentina, gerando a maior inflação e o maior desemprego de sua historia. O ‘’chavismo’’ idem, na Venezuela e Cuba continua no século XIX. E, para complementar, esses governos de esquerda pretendem sufocar a liberdade de expressão e se envolveram em rumorosos casos de corrupção. No Brasil, é, pelo menos precipitado afirmar que o lulismo representou um governo de esquerda. Lula, como se sabe, foi criação do General Golbery do Couto e Silva, no final do Governo Geisel, ‘’fabricava’’ greves, quando a indústria automobilística estava com excesso de produção e queda de demanda e, segundo Romeu Tuma Jr., foi informante do DOPS. Seu governo privilegiou os grandes conglomerados, especialmente os bancos, que jogaram as taxas de juros na estratosfera. Por certo, este não é o perfil de governo de esquerda, apesar dos ‘’melancias’’ suspirarem pelo ‘’Barba’’. Quanto à Dilma, difícil é fixar qualquer linha ideológica para seu governo, tal o arco de aliança, obrigada a fazer, como condição de sobrevivência. Pode-se afirmar que foi o governo do fisiologismo, onde couberam, no mesmo cesto, Jaques Vagner, Paulo Maluf e Fernando Collor. Na verdade, esta dicotomia esquerda/direita, apenas sobrevive – e na teoria – nos países subdesenvolvidos. A globalização, principalmente a econômica, fortaleceu o capitalismo, com suas vigas mestras, a livre iniciativa e a propriedade privada. Os países desenvolvidos pensam um ‘’Estado mínimo’’, cuja função é levar bem estar aos menos afortunados. Como afirmava, com bastante propriedade, Margareth Thatcher: a esquerda é muito competente para discursar, mas absurdamente incompetente para administrar. 

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