Nem ainda o Senado decidiu sobre o afastamento, provisório ou
definitivo da Presidente Dilma e a ‘’patrulha
ideológica’’ já começou a deitar suas garras sobre Michel Temer. Não é que
na 2ª feira, no programa ‘’Roda Viva’’,
jornalista, acho que da ‘’Folha’’,
investiu-se sobre o entrevistado, Senador Romero Jucá, querendo induzi-lo a
afirmar que considera inconveniente a escolha do advogado, representando
cliente, envolvido na operação ‘’lava
jato’’ para o Ministério da justiça? Por obvio, a pergunta indutora tinha
endereço certo: é que a mídia da semana passada anunciou, como possível titular
daquela Pasta, o nome de Antonio Claudio Mariz de Oliveira, advogado pessoal de
Temer. Mariz, além de criminalista de renome nacional, ostenta, em seu vasto
currículo, ter sido Presidente da Ordem dos Advogados, seção São Paulo e
Secretário de Segurança Pública do Estado, cargos e funções que exerceu com
competência e seriedade. O fato de ter cliente, envolvido na ‘’lava jato’’, decorre de sua notória
capacitação e, desse fato, não se pode fazer a ilação de que, tornado Ministro
da Justiça, procurará influenciar a Policia Federal a agir de acordo com seus
interesses profissionais. Tal conclusão constitui rotunda desonestidade intelectual
e só pode ser atribuída a ‘’patrulhamento’’.
No debate desta matéria, duas reflexões devem ser feitas: a Polícia Federal,
principalmente a que integra a ‘’lava
jato’’, trabalha infensa a qualquer influencia, tanto assim é que,
preventivamente, Temer já anunciou que dará todo o apoio àquela operação. Por
outro lado, afastada a possibilidade de membro do Ministério Público e, com
mais razão, do Poder Judiciário ocuparem a Pasta da Justiça, é altamente
conveniente que tal Ministério seja confiado a um advogado, de competência e
probidade reconhecidas. Mariz é do ramo, como advogado criminalista de várias
décadas de diuturna atuação e com profícua gestão à frente da Secretaria de
Segurança Pública do Estado de São Paulo. Se Mariz for o escolhido, Temer terá
levado um craque para seu time.
Esclareço que as considerações, aqui contidas, não envolvem
qualquer interesse pessoal, vez que o único vínculo que me prende a Mariz é o
fato de ter sido ele meu ‘’calouro’’,
na Faculdade de Direito da PUC/SP.
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