Chega-me, via internet, a notícia que
o Palácio do Planalto quer, a todo custo, evitar a instalação da CPI do BNDES,
sob o argumento de que as investigações podem paralisar aquela Instituição e
causar sérios prejuízos à economia do País. Li a notícia para meu cachorro, que
cochilava, a meus pés, ele abriu os olhos, com profunda má vontade e apenas
comentou: - ‘’ué, mas eles não vêm
apregoando que são transparentes e imunes à influência política?“. Sentindo
que eu ia continuar no assunto, ele se retirou, sem não antes acrescentar: - ‘’não sei como você ainda tem paciência para
falar de um governo, que já morreu! Por que não arranja coisa mais útil para
fazer?’’ E lá se foi Rodolfo – esse é seu nome – com aquela pose própria de
pastor alemão, enquanto eu fiquei a matutar na preocupação do governo. E não é
para menos: o BNDES despejou bilhões, financiando, a juros subsidiados, obras
na Argentina, na África, em Cuba, sempre tendo a ‘’Odebrecht’’, como construtora, e sempre depois de Lula ter passado
pelo respectivo País e ter feito uma palestra, regiamente patrocinada pela dita
Construtora. Como o dinheiro, inclusive o que pagou as palestras de Lula,saiu
do bolso do contribuinte, é justo e lícito que saibamos onde o BNDES injetou
recursos, qual o montante, quais as empresas beneficiadas e quais as garantias
de que tais recursos, mesmo aviltados, retornarão aos cofres do banco. Somente
uma CPI, bem constituída pode fazer aflorar tais informações e, se
irregularidades e ilicitudes as há, seus autores devem ser devidamente punidos.
Não vemos como a obtenção de tais informações que, a rigor, deveriam estar
disponíveis no site do BNDES, em obediência ao princípio da publicidade,
esculpido no inciso XXI do art.37 da Constituição Federal, possa comprometer a
economia do País, como sustenta o Governo.
A menos que...
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