quarta-feira, 15 de julho de 2015

A ceia dos Presidentes


Chega-me a notícia que a Presidente Dilma e o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, encontraram-se, em Portugal, na cidade do Porto, ele vindo de Coimbra, apenas para se reunir com ela. O encontro era para ser secreto, mas, com Dª Dilma monitorada, por todos os lados, vazou e a imprensa divulgou. Ambos os presidentes esclareceram: reuniram-se para discutirem o aumento dos serventuários da justiça, estes ingratos, que reclamam, só porque não têm aumento há 04 anos. Tudo bem, que trabalham feito burro de carga, em um país que acumula quase 100 milhões de processo (a maioria, movida contra e pelos Órgãos Públicos) e daí, onde fica o patriotismo? Mas, voltemos ao encontro presidencial. Causou estranheza que os dois ilustres personagens, morando na mesma cidade, trabalhando em prédios, menos de 500 metros um do outro, precisassem atravessar o oceano para discutir questão que, pelo menos por enquanto, nossa Corte Suprema nada tem a dizer. Tão logo publicada a notícia, os maledicentes de plantão vieram dizendo que, na verdade, a Presidente foi acertar sua blindagem contra o impeachment e contar com a boa vontade do Presidente para abortar a ‘’operação lava jato’’, até porque essas mega operações sempre morreram nos Tribunais Superiores, por ‘’dá cá uma palha’’. Foi assim com a ‘satiaghara’’ que envolvia o banqueiro Daniel Dantas e a ‘’Castelo de Areia’’ que descobrira falcatruas em obras executadas pelas mesmas construtoras, agora envolvidas no ‘’petrolão’’. Afinal, Lewandowski  era amigo, de longa data, do companheiro Lula, que o levara para o Supremo e já demonstrara sua lealdade, no ‘’mensalão’’, quando se portou como verdadeiro advogado de defesa dos petistas envolvidos.
Eu, cá de mim, que acredito nos dois presidentes, não levo a sério essa versão maledicente. Acho que ‘’a’’ Presidente, sabendo que ‘’o’’ Presidente estava em Coimbra, a menos de 200 quilômetros da cidade do Porto, ligou, convidando-o para o encontro. Ante-escuto o diálogo telefônico:
’a Presidente’’: ‘’Ricardo, aqui é Dilma, você está muito ocupado, aí em Coimbra?’’

’o Presidente’’, (com aquela voz de dublador de desenho animado): - ‘’Desculpe, Dilma, de onde?’’
’a Presidente’’: - ‘’puxa, Ricardo, nem você me reconhece mais? A Presidente – ainda – do Brasil’’.
‘’o Presidente’’, (absurdamente constrangido): ‘’desculpe, senhora Presidente, a ligação está ruim, não identifiquei sua voz! Quais são suas ordens?’’
’a Presidente’’: ‘’ordem nenhuma, Ricardo, apenas um convite. Se você não estiver muito ocupado, poderia dar um pulinho aqui, comeríamos um bacalhau à moda, regado a vinho verde e aproveitaríamos para debater esse aumento do Judiciário’’.

E foi assim, apenas assim, que os dois se encontraram e, longe das pressões, puderam discutir tema tão indigesto. 

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