Chega-me a notícia que a Presidente Dilma e o Presidente do
Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, encontraram-se, em Portugal, na
cidade do Porto, ele vindo de Coimbra, apenas para se reunir com ela. O
encontro era para ser secreto, mas, com Dª Dilma monitorada, por todos os
lados, vazou e a imprensa divulgou. Ambos os presidentes esclareceram: reuniram-se
para discutirem o aumento dos serventuários da justiça, estes ingratos, que
reclamam, só porque não têm aumento há 04 anos. Tudo bem, que trabalham feito
burro de carga, em um país que acumula quase 100 milhões de processo (a
maioria, movida contra e pelos Órgãos Públicos) e daí, onde fica o patriotismo?
Mas, voltemos ao encontro presidencial. Causou estranheza que os dois ilustres
personagens, morando na mesma cidade, trabalhando em prédios, menos de 500
metros um do outro, precisassem atravessar o oceano para discutir questão que,
pelo menos por enquanto, nossa Corte Suprema nada tem a dizer. Tão logo
publicada a notícia, os maledicentes de plantão vieram dizendo que, na verdade,
a Presidente foi acertar sua blindagem contra o impeachment e contar com a boa
vontade do Presidente para abortar a ‘’operação
lava jato’’, até porque essas mega operações sempre morreram nos Tribunais
Superiores, por ‘’dá cá uma palha’’.
Foi assim com a ‘satiaghara’’ que
envolvia o banqueiro Daniel Dantas e a ‘’Castelo
de Areia’’ que descobrira falcatruas em obras executadas pelas mesmas
construtoras, agora envolvidas no ‘’petrolão’’.
Afinal, Lewandowski era amigo, de longa
data, do companheiro Lula, que o levara para o Supremo e já demonstrara sua
lealdade, no ‘’mensalão’’, quando se
portou como verdadeiro advogado de defesa dos petistas envolvidos.
Eu, cá de mim, que acredito nos dois presidentes, não levo a
sério essa versão maledicente. Acho que ‘’a’’
Presidente, sabendo que ‘’o’’
Presidente estava em Coimbra, a menos de 200 quilômetros da cidade do Porto,
ligou, convidando-o para o encontro. Ante-escuto o diálogo telefônico:
‘’a Presidente’’: ‘’Ricardo, aqui é Dilma, você está muito
ocupado, aí em Coimbra?’’
‘’o Presidente’’,
(com aquela voz de dublador de desenho animado): - ‘’Desculpe, Dilma, de onde?’’
‘’a Presidente’’: -
‘’puxa, Ricardo, nem você me reconhece
mais? A Presidente – ainda – do Brasil’’.
‘’o Presidente’’, (absurdamente constrangido): ‘’desculpe, senhora Presidente, a ligação
está ruim, não identifiquei sua voz! Quais são suas ordens?’’
‘’a Presidente’’:
‘’ordem nenhuma, Ricardo, apenas um convite. Se você não estiver muito ocupado,
poderia dar um pulinho aqui, comeríamos um bacalhau à moda, regado a vinho
verde e aproveitaríamos para debater esse aumento do Judiciário’’.
E foi assim, apenas assim, que os dois se encontraram e,
longe das pressões, puderam discutir tema tão indigesto.
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