quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Sobre paternidade e fraternidade



Na última segunda-feira, escrevi singela matéria, sobre o dia dos pais, como interpreto tal data e como entendo os filhos imprescindíveis ao casamento, tomado em seu sentido mais largo. Não é que recebi inteligentíssimo e-mail de culta Senhora, que não tenho o privilégio de conhecer, afirmando que meus conceitos são anacrônicos, que a paternidade e a maternidade devem ser livre opção de cada qual? E mais, que podia haver muita satisfação fora dos filhos, como, por exemplo, dedicar-se à determinada arte ou à determinada atividade científica? E arremata dizendo que meu juízo de valor, de modo indireto, atinge a mulher que, por opção, não quis ter filhos, seja por falta de vocação para tal, seja porque priorizara sua carreira profissional. Diz ela que ainda estou preso ao vetusto conceito de que a mulher deve ficar em casa, cuidando dos filhos e se contentando em ser mera sombra do marido. Corri a meu texto, para ver se, por qualquer via, teria exposto tal pensamento... e nada encontrei. O mundo moderno, as dificuldades cotidianas quase exigem a participação financeira da mulher, na composição   da renda familiar, principalmente nos primeiros tempos do casamento. Por outro lado, não vislumbro incompatibilidade entre o trabalho externo da mulher e a maternidade. Olho  entorno e  ouso afirmar que esta, nos dias atuais, é a regra e a mulher, apenas “dona de casa” – para usar expressão ancestral – constitui exceção. A opinião que mantenho, é que filho é essencial, como sustentáculo de qualquer relação bilateral. E, no que diz respeito à maternidade, decorre ela, dentre outros fatores, da constituição biológica e psicológica da mulher. Nasceu ela para ser mãe e, quando, por mera escolha, resolve não o ser, agride sua própria natureza. A prova disto é que várias mulheres, por considerarem prescindível estabelecer vínculos com homens, decidem pela “produção independente”: têm e, sozinhas, criam seus filhos, sem abdicarem de suas atividades profissionais. O que mantenho, como firme convicção, é a essencialidade do filho, única certeza de nossa imortalidade, por isso mesmo, merece, espera e precisa de todo o amor, que possamos dar.
Só isto!

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