Outro dia, escrevi sobre a subserviência do povo brasileiro,
escondida sob o manto da cordialidade. Recebi, de pessoa muito querida, e muito
culta, e-mail, verdadeira aula de história, lembrando que “a Inglaterra fez a revolução industrial com o ouro do Brasil, via
Portugal” e que “os inconfidentes só
surgiram para se livrarem das dividas que tinham com Portugal”. Impossível
não concordar, quando visitamos nossa história e, com olhos críticos,
constatamos que alguns “heróis da pátria”, não foram tão heróis assim. A
monarquia foi derrubada pelo Marechal Deodoro que, além de ser monarquista,
estava doente e não sabia muito que movimento liderava. D. Pedro II tinha
realizado primorosa administração e a República, que surgiu, a partir de
Floriano, foi uma lástima, com sucessivos golpes, sempre sob o olhar
complacente do povo, que gosta mesmo é de uma boa ditadura. Getulio Vargas
governou o Brasil, com mão-de-ferro, torturando e matando seus opositores,
através de sua “polícia política”,
comandada por Filinto Mueller. Mesmo assim, gozava de estrondoso apoio popular,
tanto que era considerado “pai dos pobres”
e, na primeira eleição, após ter sido deposto, em 1945, foi eleito senador, por
diversos, Estados (naquele tempo, podia) sem sair de sua fazenda. Em 1950 foi
eleito Presidente e mesmo morto, em 1954, na eleição seguinte, foi decisivo
para a eleição de Juscelino. Durante o Regime Militar, salvo uma ou outra
manifestação, o povo, no geral, deu o maior apoio aos militares. No período
mais duro, começo dos anos 70, cansei de
ver o Presidente Medici ser ovacionado, sempre que ia ao Maracanã. Agora mesmo,
querem transformar Gilmar Mendes, em grande vilão nacional (vide “Veja” do
último fim-de-semana), apenas porque ele quer colocar freios legais, na “lava-jato”,
que vem usando a prisão preventiva, como forma de obter delações, de acordo com
os interesses da “operação”. Gilmar
Mendes não “joga para a plateia”, que
quer ver sangue, por isso ele, Gilmar, tem o apoio de quem é do ramo e sabe que
a democracia não sobrevive, sem o Estado de Direito. A turba, tangida por uma
mídia comprometida, não vê que os verdadeiros inimigos da democracia são Janot
e Fachin, que tramaram com Joesley a gravação de Temer, concedendo àquele o
mais indecente “prêmio” da história
da delação. E mais: os dois querem porque querem desestabilizar o governo e,
como petistas históricos, tramaram à sombra, pelo retorno de Lula ao Poder, o
mesmo Lula que sonha ser o Maduro do Brasil. E o povo, apaixonado pela
submissão, não enxerga os esforços do governo Temer, para colocar o País no trilho
e, sem dúvida, vai eleger Lula. Somos e temos o que merecemos ser e ter. Só
isto!
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