Em 1964, as “Organizações
Globo” constituíram o maior apoio midiático para a derrubada do governo
João Goulart. Como recompensa, obteve a hegemonia da televisão brasileira, até
então exercida pela “Record” e pela “Excelsior”, esta última massacrada,
pelas suas ligações com o governo deposto. Encerrado o regime militar, a “Globo”, com deslavado cinismo, passou a
se referir àquele período, como “anos de
chumbo”, esquecendo-se, por despudorada conveniência, dos privilégios obtidos,
naquele período. Durante o governo Sarney – que foi a continuidade do regime
militar, de quem foi “filho amado” –
Roberto Marinho manteve-se como aliado, mesmo quando desastrosa política
econômica levou a inflação a cerca de 100% ao mês. Quando da primeira eleição
direta, após o período militar, a Globo escolheu Collor (cuja família detinha –
e ainda detém – emissora repetidora da Globo, em Alagoas), como seu candidato,
chegando a editar, em favor do mesmo, o último debate, travado com Lula. Quando
os ventos sopraram contra Collor, a Globo passou a capitanear campanha a favor
de sua deposição, chegando a colocar, no ar, mini-série, “Anos Rebeldes”, explícita ação para se conseguir aquele intento.
Para não ir muito longe: recebo mensagem, de estimado colega, esclarecendo a causa da acirrada campanha da
Globo contra Temer: o lobista das “Organizações”,
em Brasília, viu rechaçadas suas pretensões de lesar a Previdência Social, e o
BNDES, do qual é devedora. Ao ouvir “não”,
a Globo iniciou acirrada campanha contra Temer, escalando seus capachos, na
Globonews, para executarem essa missão. E, para se posicionar, em relação ao
futuro, passaram a dar apoio ao Presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, a
quem dedicou laudatórias páginas, na edição do último domingo, 6, do jornal “O Globo”. Tal apoio terá preço? Se tiver
é de se lamentar, vez que Rodrigo Maia emerge como esperança para 2018. Hoje,
como nunca, em nossa melancólica história, a mídia, com absolta predominância
das “Organizações Globo”, vem pautando os destinos do Brasil.
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