O anseio de buscar os holofotes e ter seus minutos de glória
vai fazendo escola – má escola, diga-se de passagem! – e, agora, atinge o
Ministério Público do Estado de São Paulo. Não é que anteontem, na boca da
noite, o Promotor José Carlos Bonilha propôs à Justiça Eleitoral a cassação da
candidatura de João Doria, por abuso de poder, consistente em indevido apoio do
Governador Alckmin? Os fatos, apontados pelo representante do Ministério
Público, são antigos, mas, estranhamente, apenas agora, quando Doria, segundo
as pesquisas, assume a dianteira na corrida eleitoral, é que a acusação é
trazida à baila. O Promotor, até então ilustre desconhecido, sustenta que ‘’o
governador se afastou da neutralidade que deve guardar como chefe do
Executivo.’’ Ao ler a notícia, Rodolfo, meu politizado pastor alemão, esticou
as orelhas e perguntou: - ‘’mas Doria e o Governador não pertencem ao mesmo
partido e não foi Alckmin quem fez de Doria seu candidato a Prefeito?’’
Respondo afirmativamente a ambas questões e relembro que desde Deodoro da
Fonseca as coisas funcionam assim e, para não ir muito longe – até porque
Rodolfo tem apenas 03 anos – relembrei o périplo que Lula, no exercício da
Presidência, realizou a favor de Dilma, sem que isto caracterizasse indevido
favorecimento político. Por ser um servidor público coerente, cônscio de suas
responsabilidades, como guardião da ordem e do direito, consta que Dr. Bonilha,
ao ver, pela televisão, o Presidente Obama participando de comícios, defendendo
a candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, prepara-se para
embarcar com destino àquele País, para questionar a exigida neutralidade de
Obama.
Te cuida, Hillary!
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