sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Cunha: fantasma permanente




Tempos atrás, no prefacio do impeachment de Dilma Roussef, em entrevista ao programa ‘’Roda Viva’’, da TV Cultura, o ex-deputado Roberto Jefferson chamou Eduardo Cunha de ‘’meu bandido predileto’’. E o foi para todos os brasileiros, vez que, graças a ele o pedido de afastamento da ex-presidente foi acolhido e seguiu, célere, até o inesquecível 31 de agosto. Cunha, agora, foi colocado fora de campo, pela esmagadora maioria da Câmara Federal, para felicidade de todos que almejam o Brasil passado a limpo. Todavia, se está fora de campo, Cunha não está fora do jogo. A mídia noticia, com incontido orgasmo múltiplo, que, agora, nas implacáveis mãos de Sérgio Moro, com quase toda certeza, Cunha não escapará de ter decretada sua prisão temporária. É aí que ele voltará ao jogo, para desespero de dezenas de deputados que votaram pela sua cassação e de outras cabeças coroadas do Poder. Tenho segura informação – cuja fonte não posso revelar, por estar revestida pelo sigilo profissional – que, através de poderoso mandatário, que se encontra preso pela ‘’lava-jato’’, aqueles políticos recebiam generosas ‘’doações’’, em dinheiro, para suas campanhas eleitorais, ou cargos a lhes proporcionar vantagens. Pois esse mandatário de Cunha estava, apenas, aguardando o desfecho do processo de cassação do dito cujo e sua eventual prisão, para, em delação premiada, entregar os comprovantes de pagamentos, efetuados àqueles parlamentares, que formavam fila, à porta de um bem decorado escritório, situado no bairro do Itaim Bibi. Consta que, da cassação de Cunha a esta data, aumentou, de modo substancial, a venda de ‘’lexotan’’, na farmácia do Congresso Nacional. Repetir-se-á o espetáculo vivenciado no impeachment de Collor: muitos dos que votaram pelo seu impedimento, mais tarde, foram defenestrados do parlamento, por estarem envolvidos nas ‘’maracutais’’ do orçamento. Vem chumbo grosso por aí! 

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