Tempos atrás, no prefacio do impeachment de Dilma Roussef, em
entrevista ao programa ‘’Roda Viva’’, da TV Cultura, o ex-deputado Roberto
Jefferson chamou Eduardo Cunha de ‘’meu bandido predileto’’. E o foi para todos
os brasileiros, vez que, graças a ele o pedido de afastamento da ex-presidente
foi acolhido e seguiu, célere, até o inesquecível 31 de agosto. Cunha, agora,
foi colocado fora de campo, pela esmagadora maioria da Câmara Federal, para
felicidade de todos que almejam o Brasil passado a limpo. Todavia, se está fora
de campo, Cunha não está fora do jogo. A mídia noticia, com incontido orgasmo
múltiplo, que, agora, nas implacáveis mãos de Sérgio Moro, com quase toda
certeza, Cunha não escapará de ter decretada sua prisão temporária. É aí que
ele voltará ao jogo, para desespero de dezenas de deputados que votaram pela
sua cassação e de outras cabeças coroadas do Poder. Tenho segura informação –
cuja fonte não posso revelar, por estar revestida pelo sigilo profissional –
que, através de poderoso mandatário, que se encontra preso pela ‘’lava-jato’’,
aqueles políticos recebiam generosas ‘’doações’’, em dinheiro, para suas
campanhas eleitorais, ou cargos a lhes proporcionar vantagens. Pois esse
mandatário de Cunha estava, apenas, aguardando o desfecho do processo de
cassação do dito cujo e sua eventual prisão, para, em delação premiada,
entregar os comprovantes de pagamentos, efetuados àqueles parlamentares, que
formavam fila, à porta de um bem decorado escritório, situado no bairro do
Itaim Bibi. Consta que, da cassação de Cunha a esta data, aumentou, de modo substancial,
a venda de ‘’lexotan’’, na farmácia do Congresso Nacional. Repetir-se-á o
espetáculo vivenciado no impeachment de Collor: muitos dos que votaram pelo seu
impedimento, mais tarde, foram defenestrados do parlamento, por estarem
envolvidos nas ‘’maracutais’’ do orçamento. Vem chumbo grosso por aí!
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