‘’Os Bancos, a
‘’Operação Zelotes’’ e o Superávit Primário’’
O Banco, do qual sou correntista, mas cujo nome vou
preservar, cobra-me juros de 9% ao mês, no cheque especial e 13%, no cartão-de
crédito, que opera. Se eu quiser aplicar na caderneta de poupança do mesmo
banco, receberei remuneração não superior a 0,5% ao mês e, se for aplicação de
longo prazo, tal remuneração não ultrapassará a 12% ao ano. Tudo isso sem falar
nas inúmeras taxas – algumas inidentificáveis – que me são cobradas. Em minha
agencia, o banco retirou todos os caixas, de modo que as operações – saques,
depósitos, pagamento de contas – só podem ser realizadas ou através dos caixas
eletrônicos ou pela internet. O gerente de minha conta – que não tenho a mínima
idéia de quem seja – está lá apenas para me vender os ‘’produtos’’ do banco, porque, se eu precisar de um empréstimo, quem vai
autorizá-lo ou negá-lo é um tal
''sistema'’, sobre o qual o gerente não tem qualquer ‘’ingerência’’. ‘’Meu’’
banco, em seu último balanço trimestral, acusou um lucro líquido de 03 bilhões
de reais, o que evidencia que ser banqueiro é muito mais rentável do que ser
chefe do cartel de drogas. Mas não é que ‘’meu’’
banco, com todo este lucro extraordinário, está envolvido, até o pescoço, nas negociatas
detectadas pela ‘’Operação Zelotes’’,
no Conselho de Contribuintes da Receita Federal? Pagou gorda propina para se
livrar de autuação da ordem de 01 bi, que corresponde a 5% do prejuízo
acumulado pela União, com mais este escândalo, envolvendo, primordialmente,
grandes conglomerados financeiros. Está resolvido o
problema do superávit primário, que o Ministro Levy tem que parir, até o final
do ano: basta passar a sacolinha entre os bancos envolvidos nesta nova
maracutaia. A proposito: por que, até agora, não tem nenhum banqueiro preso,
nesta ‘’Operação Zelotes’’? Primeiro,
eles, os bancos, nos achacam, a nós, seus correntistas. Depois, mais
democraticamente, atingem os interesses de todos os brasileiros.
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