segunda-feira, 13 de abril de 2015

O fim dos salvadores da pátria

A historia recente do Brasil demonstra, com absoluta clareza, que os líderes políticos, que emergiram como ‘’salvadores da pátria’’, tiveram fim inglório: Getúlio, cognominado ‘’o pai dos pobres’’, depois de ter mergulhado o País em 15 anos de dura ditadura, eleito, pela via democrática, não suportou o ‘’mar de lama’’, que envolveu seu governo e acabou se matando. Jânio, que prometia restaurar a moralidade pública, pretendeu, com a renuncia, voltar ‘’nos braços do povo’’ e instituir governo, à revelia do Congresso, não encontrou ‘’povo’’, que o apoiasse e, prematuramente, conheceu o ostracismo. Jango, imaginando contar com o apoio de sindicatos de trabalhadores e sem-teto, quis impor reformas, à revelia da Constituição e da classe media, despido de qualquer apoio, foi destituído da Presidência e refugiou-se no Uruguai. Collor, o ‘’caçador de marajás’’, que, vulcanicamente, surgiu de Alagoas, foi triturado com denuncias de corrupção e terminou sendo, vergonhosamente, afastado do Poder. Lula surgiu, ao final dos anos 80, no cenário político, como o arauto da classe trabalhadora, sem vínculos com o comunismo cubano e, seguindo linha pragmática, com ideário bem definido: eliminar as diferenças sócio-econômicas, que oprimiam as classes menos favorecidas. Sua eleição e posse constituíram incontestável apoteose cívica. Todavia, o tempo, que não compactua com prolongados engodos, foi revelando que convivíamos com mais um farsante, a buscar se perpetuar no poder, apenas para dele extrair vantagens materiais e, para isso, montou o maior esquema de corrupção, que começou a aflorar com o ‘’mensalão’’, chegou ao ‘’petrolão’’ e, agora, se espraia por outros Órgãos Federais. E, como o ídolo era de barro (tal qual os anteriormente citados), ele, ao cair, vai se desfazendo em pó, que as manifestações de rua, encarregam-se de jogar no bueiro da história. Fica a lição: não há mais espaço para ‘’salvadores da pátria.’’ Qualquer País, principalmente os menos desenvolvidos, como o Brasil, precisa de homens competentes e sérios, que sejam capazes de montar uma equipe de trabalho e, sem demagogia, trazer o País, verdadeiramente para o século 21.

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