O fim dos salvadores da
pátria
A historia recente do Brasil demonstra, com absoluta clareza,
que os líderes políticos, que emergiram como ‘’salvadores da pátria’’, tiveram fim inglório: Getúlio, cognominado
‘’o pai dos pobres’’, depois de ter mergulhado o País em 15 anos de dura
ditadura, eleito, pela via democrática, não suportou o ‘’mar de lama’’, que envolveu seu governo e acabou se matando. Jânio,
que prometia restaurar a moralidade pública, pretendeu, com a renuncia, voltar ‘’nos braços do povo’’ e instituir
governo, à revelia do Congresso, não encontrou ‘’povo’’, que o apoiasse e,
prematuramente, conheceu o ostracismo. Jango, imaginando contar com o apoio de
sindicatos de trabalhadores e sem-teto, quis impor reformas, à revelia da
Constituição e da classe media, despido de qualquer apoio, foi destituído da
Presidência e refugiou-se no Uruguai. Collor, o ‘’caçador de marajás’’, que,
vulcanicamente, surgiu de Alagoas, foi triturado com denuncias de corrupção e
terminou sendo, vergonhosamente, afastado do Poder. Lula surgiu, ao final dos
anos 80, no cenário político, como o arauto da classe trabalhadora, sem
vínculos com o comunismo cubano e, seguindo linha pragmática, com ideário bem
definido: eliminar as diferenças sócio-econômicas, que oprimiam as classes
menos favorecidas. Sua eleição e posse constituíram incontestável apoteose
cívica. Todavia, o tempo, que não compactua com prolongados engodos, foi
revelando que convivíamos com mais um farsante, a buscar se perpetuar no poder,
apenas para dele extrair vantagens materiais e, para isso, montou o maior
esquema de corrupção, que começou a aflorar com o ‘’mensalão’’, chegou ao ‘’petrolão’’
e, agora, se espraia por outros Órgãos Federais. E, como o ídolo era de barro
(tal qual os anteriormente citados), ele, ao cair, vai se desfazendo em pó, que
as manifestações de rua, encarregam-se de jogar no bueiro da história. Fica a
lição: não há mais espaço para ‘’salvadores
da pátria.’’ Qualquer País, principalmente os menos desenvolvidos, como o
Brasil, precisa de homens competentes e sérios, que sejam capazes de montar uma
equipe de trabalho e, sem demagogia, trazer o País, verdadeiramente para o
século 21.
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