A dengue e a
irresponsabilidade pública
Lá, pelo mês de setembro, postei matéria, preocupado com os
primeiros sinais de que a dengue, se medidas urgentes não fossem tomadas pela
Prefeitura Municipal, poderia atingir caráter endêmico. Naquela oportunidade,
lembrei a precisa e rápida ação do então Secretario Municipal de Saúde, o
médico Dr. Roberto Pagura, que elaborou e executou eficiente
projeto preventivo de combate ao mosquito transmissor da doença, o que impediu,
na gestão daquele Secretario, que nossa Capital, registrasse um único caso de
dengue.
Como se sabe, o mosquito transmissor se reproduz, com mais
intensidade, com a chegada do verão, razão pela qual as campanhas de prevenção
devem ser encetadas com antecedência. Quando o PT, com Marta Suplicy, assumiu a
Prefeitura, o ‘’Projeto Pagura’’ foi
abandonado e, daquele tempo a esta época, a dengue vem se alastrando, até
alcançar as atuais características endêmicas. E o mal, pelo que nos informam os
noticiários, alcança todo o País, sem que se identifique, por parte do Governo
Federal, ação concreta que minimize a doença. Todos os pronto-socorros,
públicos e particulares, restam lotados de pessoas, portadoras dos sintomas da
doença. Se o problema adquiriu nível de tal gravidade, na maior e mais
desenvolvida cidade do País, impossível imaginar o que deve estar acontecendo
pelo Brasil afora. Infelizmente, saúde e educação, de longa data, não são
prioridade para o Poder Público, o que deixa a população a mercê de sua própria
sorte, na base do ‘’salve-se quem puder’’.
No próximo ano, teremos eleições municipais, com as promessas de sempre, nunca
cumpridas. Em nossa Capital, o Prefeito Haddad, o mais incompetente que chegou
ao cargo, tentará a reeleição. Os hospitais públicos restam sucateados e os prestadores
de serviços e fornecedores da Secretaria Municipal de Saúde ameaçam suspender
seus contratos, uma vez que, desde outubro, suas faturas não vem sendo pagas
por aquela Secretaria. Enquanto isto, o Prefeito ‘’abre o cofre’’ para pintar e
construir inúteis ciclofaixas e ciclovias, numa cidade, cuja topografia não
acolhe ‘’bicicletas’’, como
transporte de massa. Só a incompetência – ou interesses escusos – justifica
essa total inversão de prioridades. A cidade de São Paulo possui um orçamento
superior a 50 bilhões de reais, além dos repasses que recebe do Governo
Federal, destinados especificamente, às áreas de saúde e educação, recursos
que, ao que tudo indica, estão sendo desviados, sempre em detrimento da
população.
Esperamos que surja um nome – que não seja a Marta, cuja
administração foi igualmente catastrófica – que se identifique com as reais
necessidades da sofrida população paulistana. As ‘’ruas’’ vêm mostrando o caminho. Caberá aos eleitores segui-lo.
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