O inferno astral da
Presidente
É tradição, nos regimes democráticos, que ao governante
eleito seja concedido, pelo prazo de 100 dias iniciais de seu mandato, uma
espécie de armistício, durante o qual os adversários recolhem suas armas e a
população aguarda o início da execução dos projetos, apresentados durante a
campanha eleitoral. Todavia, em se tratando da Presidente Dilma, estes 100 dias
iniciais têm se constituído verdadeiro inferno astral. Como a mentira tem perna
curta, os artifícios econômicos, criados para propiciarem a reeleição, mal
proclamado o resultado, começaram a se mostrarem, em toda a sua nudez, a
exigirem a necessária reforma fiscal, tormento perseguido e vivido pela
Presidente. Por outro lado, as labaredas do ‘’petrolão’’ atingiram, com tal
intensidade o PT e o Planalto, que a Presidente, com a visão obstaculada pela
fumaça (i)moral, não consegue enxergar a saída. E, para completar, menos
impactante que a oposição, o chamado ‘’fogo
amigo’’, inclusive o de seu ‘’criador’’,
parece ter o claro objetivo de apear Dilma da Presidência, forçando a
realização de nova eleição, onde, por obvio, Lula sairia candidato. Caso seja
esse o plano dos ‘’aliados’’, esbarra
em duas dificuldades: a primeira é que, segundo constitucionalistas ilustres –
e o vice, Michel Temer é um deles – o afastamento da Presidente, espontâneo ou
compulsório, não importa, necessariamente, no do vice. A segunda dificuldade é
que, mesmo que haja nova eleição, dificilmente Lula consiga se eleger. Seu
envolvimento no ‘’petrolão’’ parece
induvidoso e sua popularidade, tal qual a de Dilma, segue em queda livre. A
prova disso, é que, na última manifestação, da qual participou como ‘’pop star’’, havia menos de mil
pessoas, a contrastar com a manifestação, a ele também hostil, e que levou um
milhão ou mais de pessoas à Avenida Paulista, no último 15 de março,
projetando-se o dobro desse número, para o próximo domingo. Nada a lamentar com
o fim do PT e do lulismo, utopias forjadas, para camuflar interesses pessoais.
De se lamentar que esta crise, verdadeira sinfonia inacabada, tenha estagnado o
País, provocando o descontrole da inflação, o desemprego crescente, a
desvalorização da moeda e, a causa das causas, a desmoralização do Brasil, no
cenário internacional.
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