Tudo outra vez
1-
Começa
2015, a vida vai retornando a sua realidade, sem direito a brindes e fogos de
artifício. Lá no Planalto, a Presidente – como já se preconizara – viveu dias
de enxaqueca, construindo um Ministério que saciasse a sede de sua base aliada.
Há para todos os gostos: representantes da elite empresarial, pastores
evangélicos, a esquerda decadente e amigos pessoais. Na verdade, nada disto
conta, porque quem vai reger este exército brancaleone é o Joaquim Levy que, “intra muros”, já declarou que ou dita o
ritmo, sem interferências, ou volta ao velho Bradesco, onde a orquestra é
afinada. Todos estão de acordo em um ponto: 2015 vai ser pedreira e teremos que
jogar muito para perdermos de pouco.
2-
O
envolvimento da Presidente, pelo menos por omissão, para sermos generosos,
cresce a cada dia. O jornal “O Globo”,
edição de ontem, domingo, traz matéria, sob o titulo “negócios de fachada”, revelando que o TCU “apontou superfaturamento de 1.800%” em obra de construção de uma
rede de gasodutos, que, em um único trecho, consumiu quase 04 bilhões de reais. Ilustrando a matéria, Dilma, Lula “tríplex” e Gabrielli, todos alegres e
sorridentes. Adivinhem por que?
3-
Por
aqui, em nossa metrópole, vamos sofrendo os efeitos danosos da administração do
petista Haddad, mais um poste inventado por Lula, o “tríplex”. Não é que nossa Capital experimentou por cerca de 10
meses, a maior seca de sua história, tempo mais do que suficiente para promover
limpeza de bueiros, “bocas de lobo”,
construir piscinões, obras de contenção de encostas, cortar arvores apodrecidas
enfim, preparar a cidade para as chuvas que chegariam? E elas chegaram,
alagando ruas, destruindo casas, afogando carros, derrubando árvores, enfim
provocando o caos. Em apenas um dia, tivemos 200 semáforos, colocados fora de
ação pelas chuvas, piorando o que já era péssimo. Enquanto tudo isso acontece,
o nosso simpático alcaide, que passou todo o ano brincando de colocar a cidade
com inúteis e inoportunas ciclofaixas, agora, olha o céu e se pergunta,
apavorado: “será que vai chover?” É a
atualização da fábula, “a cigarra e a
formiga”. Passou o ano pintando faixa, agora colhe os frutos de sua
ineficiência administrativa. E, com sádica premonição, limita-se a colocar a
cidade em “estado de atenção para
alagamentos”.
4-
Lá
fora, o “grande acontecimento” é o
reatamento das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e Cuba. Mero “factóide” político, produzido pelo
presidente Obama, que vê seus índices de popularidade desabarem, malgrado a
recuperação econômica do País. Cuba ainda está no século 19 e não serão os
Estados Unidos que a trarão para a modernidade. Nada produz de relevante e sua
economia, parcamente, é de sobrevivência. Falta o essencial, a liberdade, no
sentido amplo do termo, e isto só o próprio povo cubano pode conquistar. Já foi
local de turismo, mas a decadência, a falta de conforto, faz com que o turista
volte-se para Cancun e Punta Cana. Estive em Cuba, em um pleno verão, e no
melhor hotel da Capital – o “Habana
Riviera” – o ar condicionado não funcionava e o serviço de quarto era
lastimável. E, para completar a demagogia do Obama, o essencial, que é o fim do
embargo econômico, depende da chancela do Congresso Americano, hoje, em mãos
dos Republicanos. Em síntese: Cuba é um buraco no “mapa mundi” e não há quem queira investir para recompor esse
buraco. A saída ainda continua sendo “pular”
para Miami.
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