segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Tudo outra vez
1-    Começa 2015, a vida vai retornando a sua realidade, sem direito a brindes e fogos de artifício. Lá no Planalto, a Presidente – como já se preconizara – viveu dias de enxaqueca, construindo um Ministério que saciasse a sede de sua base aliada. Há para todos os gostos: representantes da elite empresarial, pastores evangélicos, a esquerda decadente e amigos pessoais. Na verdade, nada disto conta, porque quem vai reger este exército brancaleone é o Joaquim Levy que, “intra muros”, já declarou que ou dita o ritmo, sem interferências, ou volta ao velho Bradesco, onde a orquestra é afinada. Todos estão de acordo em um ponto: 2015 vai ser pedreira e teremos que jogar muito para perdermos de pouco.
2-    O envolvimento da Presidente, pelo menos por omissão, para sermos generosos, cresce a cada dia. O jornal “O Globo”, edição de ontem, domingo, traz matéria, sob o titulo “negócios de fachada”, revelando que o TCU “apontou superfaturamento de 1.800%” em obra de construção de uma rede de gasodutos, que, em um único trecho, consumiu quase 04 bilhões de reais. Ilustrando a matéria, Dilma, Lula “tríplex” e Gabrielli, todos alegres e sorridentes. Adivinhem por que?
3-    Por aqui, em nossa metrópole, vamos sofrendo os efeitos danosos da administração do petista Haddad, mais um poste inventado por Lula, o “tríplex”. Não é que nossa Capital experimentou por cerca de 10 meses, a maior seca de sua história, tempo mais do que suficiente para promover limpeza de bueiros, “bocas de lobo”, construir piscinões, obras de contenção de encostas, cortar arvores apodrecidas enfim, preparar a cidade para as chuvas que chegariam? E elas chegaram, alagando ruas, destruindo casas, afogando carros, derrubando árvores, enfim provocando o caos. Em apenas um dia, tivemos 200 semáforos, colocados fora de ação pelas chuvas, piorando o que já era péssimo. Enquanto tudo isso acontece, o nosso simpático alcaide, que passou todo o ano brincando de colocar a cidade com inúteis e inoportunas ciclofaixas, agora, olha o céu e se pergunta, apavorado: “será que vai chover?” É a atualização da fábula, “a cigarra e a formiga”. Passou o ano pintando faixa, agora colhe os frutos de sua ineficiência administrativa. E, com sádica premonição, limita-se a colocar a cidade em “estado de atenção para alagamentos”.
4-    Lá fora, o “grande acontecimento” é o reatamento das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e Cuba. Mero “factóide” político, produzido pelo presidente Obama, que vê seus índices de popularidade desabarem, malgrado a recuperação econômica do País. Cuba ainda está no século 19 e não serão os Estados Unidos que a trarão para a modernidade. Nada produz de relevante e sua economia, parcamente, é de sobrevivência. Falta o essencial, a liberdade, no sentido amplo do termo, e isto só o próprio povo cubano pode conquistar. Já foi local de turismo, mas a decadência, a falta de conforto, faz com que o turista volte-se para Cancun e Punta Cana. Estive em Cuba, em um pleno verão, e no melhor hotel da Capital – o “Habana Riviera” – o ar condicionado não funcionava e o serviço de quarto era lastimável. E, para completar a demagogia do Obama, o essencial, que é o fim do embargo econômico, depende da chancela do Congresso Americano, hoje, em mãos dos Republicanos. Em síntese: Cuba é um buraco no “mapa mundi” e não há quem queira investir para recompor esse buraco. A saída ainda continua sendo “pular” para Miami.


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