Um palpite infeliz
No discurso de abertura da primeira reunião ministerial de
seu novo mandato, a Presidente Dilma teve a desfaçatez de afirmar que a
operação “lava jato” não pode levar à
ruína as empreiteiras envolvidas no escândalo da Petrobras, porque isto
prejudicaria a economia brasileira. Com esse inoportuno pronunciamento a
Presidente, além de estuprar a legislação que disciplina os contratos firmados
entre particulares e a Administração Pública, praticamente isentou de
responsabilidade as empresas envolvidas, na petropropina. A legislação, no
caso, a lei 8666/93 é absolutamente clara ao prever, para tais empresas, a
penalidade administrativa definida como “declaração
de idoneidade”, o que as proíbe de contratar com a Administração Pública
por lapso de tempo não inferior a um ano. Por outro lado, é principio assente
em nosso ordenamento jurídico que o preponente – no caso, as empresas –
responde pelos atos de seu preposto – no caso, o executivo envolvido na
maracutaia. Somente a ignorância ou a prepotência, ou ambas podem justificar o
inoportuno pronunciamento da Presidência. Para a ignorância tem remédio: basta
que ela consulte a Advocacia Geral da União, já para a prepotência não há
solução, é marca registrada de Dª Dilma e de seu tenebroso partido. Colocam-se
acima do bem e (principalmente) do mal, achando que tudo podem. O “mensalão” já mostrou, mesmo
timidamente, que não é bem assim. Conseguirão a Presidente e seus asseclas
petistas sobreviver a este iceberg de corrupção que, até agora, mostrou apenas
sua menor parte?
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