sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Palavras de Despedida

Hoje, 19 de dezembro, encerro as atividades do ano. Já, de larga data, perdi o hábito de fazer balanço do ano findo e projetos para o ano vindouro. Alegrias e tristezas, vitorias e derrotas fazem parte do cotidiano. São inevitáveis e até essenciais, porque são o tempero da vida. Viro a última curva de minha estrada, com muito mais ganhos do que perdas, por isso, sem melancolia, tenho a mala pronta para a viagem definitiva. Sem saudades do passado, trago-o, como lembranças: a meninice, pernas soltas pela minha pequena cidade do interior; a juventude, percorrida em busca do sonho sonhado, mas com tempo para coxas e bocas; a maturidade, na lindeza do Rio, filhos correndo pelas areias do Leme e, é claro, o Maracanã, colorido de Botafogo; e a velhice, docemente acumulada ao lado de companheira de uma vida inteira. Amigos – poucos, mas intensos -, que chegaram e que partiram – e, agora, partem, cada vez mais rápido -, mas que deixaram, pedaços de suas vidas grudadas na minha. Termino meu ano sem ressentimentos, novos ou antigos. Afinal, como posso pedir a Deus que perdoe minhas ofensas, se não for capaz de perdoar aos que me ofenderam? É lição da maior das orações, porque nos foi ditada pelo próprio Cristo. Termino o ano, agradecendo a Deus, por me permitir continuar por aqui, convivendo com as pessoas, que me são caras, praticando o meu fazer e contemplando a beleza do sol, da chuva e das coisas que eles aquecem ou umedecem. É claro que janeiro é simples continuação de dezembro mas, apesar de Dilma e do PT, desejo a todos, que me acompanharam nestes quebrados escritos, um 2015 que seja, realmente, um novo ano cheio de realizações pessoais. 

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