terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Uma investigação necessária

Em que pese a firme e competente atuação da Polícia Federal, que vai muito além do escândalo da Petrobrás, muitos fatos “estranhos”, acontecidos, ao longo dos anos que o petismo reina, absoluto, navegando no maior mar de lama da história do Brasil, estão a exigir pronta e eficaz investigação. Na madrugada, em que o parlamento, subornado pela Presidente (R$ 675.000,00 para cada parlamentar), aprovou a mudança de cálculo do superávit primário, o Deputado Ronaldo Caiado afirmou, da tribuna, que “Lulinha é, hoje, um dos maiores latifundiários do Brasil e, perto dele, meu agronegócio tem características familiares”. Olhos e ouvidos colados à televisão – em que pesasse o adiantado da hora -, esperava eu que os asseclas do ex-presidente, pai do dito cujo – esbravejassem, dissessem que era uma infâmia, etc. e tal. Silencio absoluto, como absoluto foi o posterior silencio do ex-presidente. Como “quem cala, consente”, fica a questão parada no ar, a permitir diversas ilações. A principal é: como um rapaz que, antes de o pai assumir a Presidência da República, era humilde funcionário do zoológico de nossa Capital, transformou-se em um dos maiores empresários do agronegócio? Quem levanta tão intrincada questão não é este humilde escriba, mas um Deputado do ramo, vez ser, de larga data, importante pecuarista de Goiás. A vida pessoal do “Lulinha”, em si, não contém qualquer relevância. Esta reside no fato de ser ele filho de um Presidente da República, cuja administração, a cada dia, revela estarrecedoras marcas de corrupção. O insigne Juiz, Sérgio Moro, acaba de afirmar, com base na prova colhida na operação “lava jato”, que há fortes indícios de que os atos de corrupção, que privilegiaram políticos, empresas, agentes públicos e terceiras pessoas vão além da Petrobrás, alcançando outros órgãos públicos federais. Vê-se, pois, que a organização criminosa, que se formou, devastando o patrimônio público, constitui verdadeira centopéia, que precisa ser identificada e punida, se, realmente, se quer passar o País a limpo.

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