Poucas e Boas (?)
1-
Segundo
Entidade Internacional, que defende a transparência financeira, “mais de 30 bilhões de dólares, em dinheiro
sujo ligado ao crime, à corrupção e à evasão de impostos, saem do Brasil todos
os anos.” (Global Financial Integrity – GFI). Para se ter idéia do tamanho
da grana, equivale ela a 1,5% de toda a produção nacional. E os nossos
mecanismos de controle, onde ficam? Ah, em Brasília? Então está tudo explicado.
2-
Tristezas
de meu prezado José Eduardo Martins Cardoso, excelente jurista, sério, com bons
serviços prestados ao PT (quando esse era um partido sério). Chamado ao Palácio
por Dª Dilma, quer ela saber detalhes da “declaração
do homem bomba”, Paulo Roberto. Constrangido, José Eduardo confessa que não
tivera acesso ao depoimento do delator. Dª Dilma eleva o tom de voz e a
sobrancelha: - “mas como, você não é o
chefe da Polícia Federal?”José Eduardo, com tristeza, lembra os bons tempos
em que presidia a Câmara dos Vereadores de São Paulo e era professor da PUC.
Ficou em silencio, enquanto a Presidente, virando-lhe o rosto, apenas disse “pode se retirar...”.
3-
Temos
que tirar o chapéu para a Alemanha de Dª Angela. Enquanto o Brasil fecha
setembro com a balança comercial com déficit de mais de 500 milhões de dólares,
a Alemanha, que vem segurando, pela gola, para não afundarem, vários países da
Europa, apresentou um superávit comercial de quase 30 bilhões de dólares. Outro
7 x 1. Sugiro a Dª Marina, confirmada sua eleição, que dê um pulo lá, para ver
como é que se faz.
4-
Só
pode ser piada: a prefeitura de Campo Grande, pela segunda vez (na primeira não
apareceu nenhum candidato) abre concurso para médico pediatra, jornada média de
24 horas semanais e salário de...3 mil reais. Meu vizinho, recém formado, preparando-se
para prova de residência, conta-me: - “ganho
isso em 02 plantões de 08 horas, sem ter que aturar criança chorando e mãe
histérica.”
5-
O
Ministro Mantega, previamente demitido, procura emprego para depois de 1º de
janeiro. Fosse outro, em nome do respeito, que não tiveram com ele, já teria
entregado o cargo.
6-
Percorro
cerca de 10 quilômetros ao lado de ciclovias, esta imbecilidade demagógica (ou
demagogia imbecil), criada pelo liliputiano prefeito Haddad. Espaço retirado do
fluxo de veículos. Nenhuma bicicleta circulando, mas o congestionamento feito
maior. Só a imbecilidade justifica que alguém, numa cidade da extensão de São
Paulo, com a topografia de São Paulo, ache que bicicleta possa ser utilizada
como meio de transporte.
7-
Tudo
bem, também acho que o direito à privacidade deva ser preservado. Mas fico a me
perguntar porque essas mulheres se fotografam peladas e em poses eróticas. Como
dizia um ditado antigo:
“quem
sai na chuva, é para se molhar.”
8-
Vestir
a camisa da seleção brasileira já foi motivo de orgulho. Depois do jogo da
Colômbia, Maicon (que não é grande coisa), caiu na farra e só se apresentou na
manhã do dia seguinte. Foi cortado e afirmou que não tinha mesmo qualquer
interesse em continuar servindo à seleção. A que ponto chegamos!
9-
No
próximo dia 18, a Escócia, via plebiscito, estará decidindo se continuará ou
não integrando a Comunidade Britânica. Segundo recente pesquisa, o grupo pró
independência é favorito, o que trará conseqüências econômicas para a
Inglaterra, já que a Escócia representa quase 10% do PIB da Comunidade. Além
disso, abre precedente para o País de Gales e a Irlanda seguirem o mesmo
caminho. A quem quiser conhecer melhor o assunto, recomendo a leitura do
excelente artigo “Rebeldes e Reverentes”
inserido na edição nº 96 da revista “Piauí”
(setembro), a melhor produção do jornalismo brasileiro, nos últimos tempos.
10-
Recebo
a fatura mensal de meu cartão de crédito, Mastercard e, como não dá para quitar
tudo, olho, pela vez primeira, a taxa de juros e perco o fôlego: 360% ao ano, ou
seja, 30% ao mês. Ligo para meu
agiota de plantão, que cobra 5%, peço perdão e prometo-lhe uma garrafa de bom
vinho, quando a maré virar. Pergunta-me ele se preciso de “algum”. Respondo-lhe que não, liguei apenas para me redimir e
dizer-lhe que o considero um benfeitor.
Quanto ao cartão de crédito, se
vivêssemos em um País sério, era o caso de chamar a Polícia, mas, no Brasil,
como diria o Chico: “chame o ladrão!”
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