quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Poucas e Boas (?)
1-    Segundo Entidade Internacional, que defende a transparência financeira, “mais de 30 bilhões de dólares, em dinheiro sujo ligado ao crime, à corrupção e à evasão de impostos, saem do Brasil todos os anos.” (Global Financial Integrity – GFI). Para se ter idéia do tamanho da grana, equivale ela a 1,5% de toda a produção nacional. E os nossos mecanismos de controle, onde ficam? Ah, em Brasília? Então está tudo explicado.
2-    Tristezas de meu prezado José Eduardo Martins Cardoso, excelente jurista, sério, com bons serviços prestados ao PT (quando esse era um partido sério). Chamado ao Palácio por Dª Dilma, quer ela saber detalhes da “declaração do homem bomba”, Paulo Roberto. Constrangido, José Eduardo confessa que não tivera acesso ao depoimento do delator. Dª Dilma eleva o tom de voz e a sobrancelha: - “mas como, você não é o chefe da Polícia Federal?”José Eduardo, com tristeza, lembra os bons tempos em que presidia a Câmara dos Vereadores de São Paulo e era professor da PUC. Ficou em silencio, enquanto a Presidente, virando-lhe o rosto, apenas disse “pode se retirar...”.
3-    Temos que tirar o chapéu para a Alemanha de Dª Angela. Enquanto o Brasil fecha setembro com a balança comercial com déficit de mais de 500 milhões de dólares, a Alemanha, que vem segurando, pela gola, para não afundarem, vários países da Europa, apresentou um superávit comercial de quase 30 bilhões de dólares. Outro 7 x 1. Sugiro a Dª Marina, confirmada sua eleição, que dê um pulo lá, para ver como é que se faz.
4-    Só pode ser piada: a prefeitura de Campo Grande, pela segunda vez (na primeira não apareceu nenhum candidato) abre concurso para médico pediatra, jornada média de 24 horas semanais e salário de...3 mil reais. Meu vizinho, recém formado, preparando-se para prova de residência, conta-me: - “ganho isso em 02 plantões de 08 horas, sem ter que aturar criança chorando e mãe histérica.
5-    O Ministro Mantega, previamente demitido, procura emprego para depois de 1º de janeiro. Fosse outro, em nome do respeito, que não tiveram com ele, já teria entregado o cargo.
6-    Percorro cerca de 10 quilômetros ao lado de ciclovias, esta imbecilidade demagógica (ou demagogia imbecil), criada pelo liliputiano prefeito Haddad. Espaço retirado do fluxo de veículos. Nenhuma bicicleta circulando, mas o congestionamento feito maior. Só a imbecilidade justifica que alguém, numa cidade da extensão de São Paulo, com a topografia de São Paulo, ache que bicicleta possa ser utilizada como meio de transporte.
7-    Tudo bem, também acho que o direito à privacidade deva ser preservado. Mas fico a me perguntar porque essas mulheres se fotografam peladas e em poses eróticas. Como dizia um ditado antigo:
quem sai na chuva, é para se molhar.
8-    Vestir a camisa da seleção brasileira já foi motivo de orgulho. Depois do jogo da Colômbia, Maicon (que não é grande coisa), caiu na farra e só se apresentou na manhã do dia seguinte. Foi cortado e afirmou que não tinha mesmo qualquer interesse em continuar servindo à seleção. A que ponto chegamos!
9-    No próximo dia 18, a Escócia, via plebiscito, estará decidindo se continuará ou não integrando a Comunidade Britânica. Segundo recente pesquisa, o grupo pró independência é favorito, o que trará conseqüências econômicas para a Inglaterra, já que a Escócia representa quase 10% do PIB da Comunidade. Além disso, abre precedente para o País de Gales e a Irlanda seguirem o mesmo caminho. A quem quiser conhecer melhor o assunto, recomendo a leitura do excelente artigo “Rebeldes e Reverentes” inserido na edição nº 96 da revista “Piauí” (setembro), a melhor produção do jornalismo brasileiro, nos últimos tempos.
10-                      Recebo a fatura mensal de meu cartão de crédito, Mastercard e, como não dá para quitar tudo, olho, pela vez primeira, a taxa de juros e perco o fôlego: 360% ao ano, ou seja, 30% ao mês. Ligo para meu agiota de plantão, que cobra 5%, peço perdão e prometo-lhe uma garrafa de bom vinho, quando a maré virar. Pergunta-me ele se preciso de “algum”. Respondo-lhe que não, liguei apenas para me redimir e dizer-lhe que o considero um benfeitor.

Quanto ao cartão de crédito, se vivêssemos em um País sério, era o caso de chamar a Polícia, mas, no Brasil, como diria o Chico: “chame o ladrão!”

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