sexta-feira, 12 de setembro de 2014

As Eleições e o Mercado
O mercado financeiro vive e viverá, até a proclamação do resultado das eleições, dias de intensa turbulência. Quando Marina disparou nas pesquisas, houve verdadeira euforia e a bolsa experimentou expressiva alta. Os economistas que a cercam – egressos, boa parte, do tucanato- davam segurança que o Brasil, com uma política econômica menos intervencionista, iria retomar o caminho do desenvolvimento. Bastou a última pesquisa indicar que Dilma retomava o fôlego, para o mercado reagir, negativamente, com a bolsa despencando. Dilma, de modo covarde e leviano, demitiu Mantega, sem direito a aviso prévio, como quem dissesse: “deu errado, estamos em recessão, a inflação recrudesceu? A culpa é dele que, por incapaz, não continuará comigo.” Não tenho simpatia pelo Ministro Mantega, mas considerá-lo o único responsável pelo desastre que a atual política econômica provocou, é, para dizer pouco, total desfaçatez. A mesma que levou a Presidente a afirmar que fora induzida a erro, na compra da refinaria de Pasadena. A mesma com que pretende ela se manter à distancia, no assalto aos cofres da Petrobrás. A mesma com que se manteve à distancia, nas maracutaias, até hoje não esclarecidas, envolvendo Erenice, sua então Chefe de Gabinete. A verdade é que a morte de Eduardo Campos sacrificou dois líderes: ele próprio e Aécio. E isto em um Brasil que, passados 30 anos do fim do “Movimento de 64”, não viu emergir líderes novos, com idéias novas. Marina surge sem luz própria, embalada, de um lado, pelo fatídico desaparecimento de
Eduardo Campos e, de outro, pela sensação forte, a demonstrar aos jovens e aos mais velhos esclarecidos, que não dá mais para conviver com a imoralidade pública, implantada pelo PT e que vem sendo revelada, em cascata. Mas que é melancólica a opção, que nos é ofertada – Dilma ou Marina -, isto é. Como me dizia, ontem, um amigo: “é como escolher o lado da bunda onde vai ser aplicada a injeção.
Dilma, em mais uma de suas falácias, afirma, para agredir Marina, que “não tenho banqueiro me sustentando.” Eu retruco: e precisa, com a Petrobrás e os Ministros e as Construtoras, parindo recursos para a campanha da Presidente?

Para acalmar meu irmão e demonstrar que não sou radicalmente anti PT: lastimo a iminente derrota do Suplicy – nosso “Forest Gump”- um dos homens públicos mais coerentes e probos de nossa atual pobre política. Senador que dignifica o Estado de São Paulo, que, Professor que o é, deveria ter ensinado a seus colegas de partido o caminho da fonte do comportamento ético, onde, ele, Suplicy, se rega todos os dias.

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