Até alguns anos atrás, responsabilizava-se a Revolução de
1964 pela carência de novos líderes que, com competência e seriedade, poderiam
conduzir o Brasil em direção ao primeiro mundo. Os exilados voltaram, alguns se
meteram na política, mas esta continuou mesmo a ser comandada pelos “velhos guerreiros”, como Franco Montoro,
Ulysses Guimarães, Tancredo Neves e tantos outros, que não saíram do discurso
vazio. Exceção a Fernando Henrique que, com sabedoria, reuniu excelente elenco de
economistas, ligados ao mercado financeiro e concretizou o “Plano Real”, idealizado no governo
Itamar Franco. A “nova geração”, pós 64, que surgiu, foi representada por Lula e seus
satélites, Aécio, Antony Garotinho, Eduardo Campos e mais uns poucos, sem
expressão. Dos citados, todos, sem exceção, abominaram 1964 e se
auto-proclamaram arautos de “novo tempo”.
Todos, sem exceção, foram engolidos pelo mar de corrupção, que avançou sobre a
classe política, a tal ponto que qualquer candidato a qualquer coisa,
apressa-se a dizer que não é político, mas “gestor”, como se fosse possível
gerir a coisa pública de costas para a política partidária. E como estaremos
nas eleições de 2018? De onde sairão novos nomes, probos e competentes, que nos
tirarão deste atoleiro, em que nos meteram? Os últimos escândalos – que já não
escandalizam tanto – demonstraram o baixo nível de nossa classe empresarial,
que não tem a mínima idéia do que vem a ser capitalismo, que atrela o
crescimento de suas empresas às benesses do Estado, a empréstimos não pagos ou
concedidos a juros subsidiados. Assim, por óbvio, uma nova liderança não
emergirá da classe empresarial, porque, como assistimos, a “JBS” e a “Odebrecht” constituem a regra e não a
exceção. Olhando para o outro lado, lá vem Lula, outra vez, salpicado de lama,
da cabeça aos pés, mas como única alternativa que a esquerda, patrocinadora da
inútil política assistencialista, oferece. Tenho a convicção formada – e alguns
amigos se irritam comigo, quando a expresso – de que, se não “armarem” uma condenação, em 2ª
instância, para excluí-lo das eleições de 2018, Lula já pode pedir a seu
alfaiate, que cobra 20 mil o feitio, para confeccionar o terno, que usará na
posse. E se “armarem” e Lula ficar
fora do jogo? Como se dizia, em tempos remotos: é aí que “a porca torce o rabo”. O campo estará disponível para cantores, jogadores de futebol,
apresentadores de televisão, em suma, para os “Tiriricas” da vida. E que não venham, agora, responsabilizar a
Revolução de 1964 pela ausência de “novas
lideranças”. Trinta e três anos se passaram, desde que o último Presidente
General entregou o País aos “civis
democratas” que, da mesa do “Piantela”, ou da “Academia de Tênis”,
começaram a montar o mais formidável esquema
de corrupção da história da humanidade. Dá pra imaginar Médici, Geisel ou
Figueiredo, recebendo, na residência oficial, final da noite, empresário, para
uma conversa “cordial”, como aquela,
entre Temer e Joesley? Na coluna de Ancelmo Gois, no último domingo, 04, em “O Globo” noticiou ele que pesquisa
realizada entre jovens de até 24 anos, revelou que 63% gostariam de ver
restaurado o regime militar. Por que será?
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