terça-feira, 6 de junho de 2017

Quem virá em 2018?



Até alguns anos atrás, responsabilizava-se a Revolução de 1964 pela carência de novos líderes que, com competência e seriedade, poderiam conduzir o Brasil em direção ao primeiro mundo. Os exilados voltaram, alguns se meteram na política, mas esta continuou mesmo a ser comandada pelos “velhos guerreiros”, como Franco Montoro, Ulysses Guimarães, Tancredo Neves e tantos outros, que não saíram do discurso vazio. Exceção a Fernando Henrique que, com sabedoria, reuniu excelente elenco de economistas, ligados ao mercado financeiro e concretizou o “Plano Real”, idealizado no governo Itamar Franco.  A “nova geração”, pós 64, que surgiu, foi representada por Lula e seus satélites, Aécio, Antony Garotinho, Eduardo Campos e mais uns poucos, sem expressão. Dos citados, todos, sem exceção, abominaram 1964 e se auto-proclamaram arautos de “novo tempo”. Todos, sem exceção, foram engolidos pelo mar de corrupção, que avançou sobre a classe política, a tal ponto que qualquer candidato a qualquer coisa, apressa-se a dizer que não é político, mas “gestor”, como se fosse possível gerir a coisa pública de costas para a política partidária. E como estaremos nas eleições de 2018? De onde sairão novos nomes, probos e competentes, que nos tirarão deste atoleiro, em que nos meteram? Os últimos escândalos – que já não escandalizam tanto – demonstraram o baixo nível de nossa classe empresarial, que não tem a mínima idéia do que vem a ser capitalismo, que atrela o crescimento de suas empresas às benesses do Estado, a empréstimos não pagos ou concedidos a juros subsidiados. Assim, por óbvio, uma nova liderança não emergirá da classe empresarial, porque, como assistimos, a “JBS” e a  “Odebrecht” constituem a regra e não a exceção. Olhando para o outro lado, lá vem Lula, outra vez, salpicado de lama, da cabeça aos pés, mas como única alternativa que a esquerda, patrocinadora da inútil política assistencialista, oferece. Tenho a convicção formada – e alguns amigos se irritam comigo, quando a expresso – de que, se não “armarem” uma condenação, em 2ª instância, para excluí-lo das eleições de 2018, Lula já pode pedir a seu alfaiate, que cobra 20 mil o feitio, para confeccionar o terno, que usará na posse. E se “armarem” e Lula ficar fora do jogo? Como se dizia, em tempos remotos: é aí que “a porca torce o rabo”. O campo estará disponível para  cantores, jogadores de futebol, apresentadores de televisão, em suma, para os “Tiriricas” da vida. E que não venham, agora, responsabilizar a Revolução de 1964 pela ausência de “novas lideranças”. Trinta e três anos se passaram, desde que o último Presidente General entregou o País aos “civis democratas” que, da mesa do  Piantela”, ou da “Academia de Tênis”, começaram a montar o mais formidável  esquema de corrupção da história da humanidade. Dá pra imaginar Médici, Geisel ou Figueiredo, recebendo, na residência oficial, final da noite, empresário, para uma conversa “cordial”, como aquela, entre Temer e Joesley? Na coluna de Ancelmo Gois, no último domingo, 04, em “O Globo” noticiou ele que pesquisa realizada entre jovens de até 24 anos, revelou que 63% gostariam de ver restaurado o regime militar. Por que será?

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