segunda-feira, 26 de junho de 2017

Para quem gosta de ler



Tenho o hábito de ler três livros, por mês, às vezes, alterando obras de ficção com outras, de gêneros diferentes. Quando estou por terminar o último, preparo a lista dos três seguintes. Não gosto de tatear, no escuro, correndo o risco de cair em subliteratura, tantas as há, por aí. Minha livraria preferida continua sendo a “Martins Fontes”, ali na esquina da Paulista com a Brigadeiro. Não é “mega store”, como a Saraiva, que vende livros e um monte de bugigangas, o que, a meu juízo, retira-lhe o conceito puro de livraria. A “Martins Fontes” tem tudo o que você busca e, o que não tem, pode ser encomendado. Como estou a terminar “A Casa no Lago”, que conta a real história de uma casa situada em aprazível local, perto de Berlim e, em destaque, as vicissitudes dos que nela moraram, à época do nazismo e da 2ª guerra mundial, corro a preparar a lista dos 03 próximos livros. Fico, já de início, com as “Prisioneiras”, de Drauzio Varela. É ele uma das mais importantes personalidades do Brasil contemporâneo. Médico de notório saber, explica as doenças, em seus artigos, entrevistas e palestras, com extrema simplicidade, sem afetação e palavreado técnico. A par isto, de longeva data, trabalha, como voluntário, nos presídios brasileiros, expondo, em suas obras, a miserável condição humana, a que são submetidos os detentos. “Prisioneiras” completa a trilogia “Carandiru” (1992) e “Carcereiros”. Drauzio sabe tudo, sobre a vida nos presídios e, se este fosse um País, onde os problemas fossem discutidos, com seriedade, seria ele, no mínimo, consultor necessário, para um governo que pretendesse encontrar solução mínima para a superpopulação carcerária.
O segundo livro a percorrer é “Nossas noites”, último trabalho de Kent Haruf, narrativa sobre a complexa convivência de dois septuagenários. Como terceiro livro, a ser lido, vou atrás de “Conversa de Refugiados”, de Bertolt Brecht que, narra o diálogo, sobre o nazismo, entre um físico e um operário.
Dos últimos livros lidos, para quem é apaixonado por cachorros, como  eu, imperdível é “Quatro Vidas de um Cachorro”, de W. Bruce Cameron e que conta a história de um mesmo cão que reencarna quatro vezes, sempre buscando entender a razão disto, até encontrá-la, no último renascimento, quando, “se tendes lágrimas, preparai-vos  para derramá-las”.
Para quem quiser se informar sobre o lado negro das relações entre médicos, de má índole e empresas, fornecedoras de dispositivos médicos, onerando os custos dos planos de saúde e, via de  consequência, atingindo o bolso dos consumidores, recomendo a leitura de “A máfia das próteses”. Seu autor, Pedro Ramos, Diretor da ABRANGE – Associação Brasileira das Empresas de Medicina de Grupo, elaborou profunda pesquisa sobre o tema, inclusive descrevendo casos, onde essa “máfia” agiu e continua agindo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário