1. Lá pelo começo dos anos 60, o Brasil
comprou o porta-aviões ‘’Minas Gerais’’, que, como não estávamos em iminência
de estado de guerra, não teve qualquer utilidade, a não ser provocar litígio
entre a Marinha e a Aeronáutica, cada qual reivindicando o direito de pilotar
os aviões que de lá decolariam para enfrentar o ‘’inimigo’’. Como esse não
veio, o porta-aviões deu algumas voltas e ficou ancorado no porto do Rio de
Janeiro. Lá estive, no começo dos anos 80, então Diretor da Secretária de
Segurança Pública do Rio, na posse de um Comandante da Marinha, tal era sua
finalidade principal. Hoje, não sei onde está e para que serve, apenas afirmo
que foi uma montanha de dólares, jogada ao mar. Agora, o fenômeno se repete:
com o País precisando economizar até no uso de papel higiênico, nossa graciosa
e diligente Presidente vai até a Suécia e faz pose em avião de caça, que
integra compra da ordem de 3,5 bilhões de dólares, feita pelo Brasil. Vasculho
o noticiário, para constatar se o Brasil vai à guerra. A não ser os conflitos
internos (Planalto x Congresso x Supremo), reina a mais absoluta paz entre
nosso País e o resto do mundo. Então, fica a pergunta: por que gastar, em
momento de caixa-0, importância tão expressiva, comprando aviões de caça?
Pode-se contra argumentar que tais aeronaves são necessárias ao patrulhamento
de nossas fronteiras, por onde entram, principalmente, droga e armamento
pesado. Não sei se os caças se adéquam a tais missões, mas, mesmo que o sejam,
tal compra poderia ser transferida para momento, economicamente mais propício.
Por falar em ‘’momento mais propicio’’,
o que foi nossa sapientíssima presidente fazer na Escandinávia, Suécia e
Finlândia? Importar frio para o Brasil já que o verão bate às portas?
2. Leio que o Planalto recrutou a fina
flor de juristas petistas para defender a Presidente do impeachment. Como
conheço os 03 (Celso Antonio Bandeira de Mello, Dalmo de Abreu Dallari e Fabio
Konder Comparato), reconhecendo-os como membros da elite jurídica brasileira, e
sei que são profissionais caros, que não se levantam da cadeira, por menos de
algumas centenas de milhares de dólares, cabe a pergunta: quem está pagando os
honorários desses notáveis? Espero, em homenagem à historia dos mesmos, que
grana tão polpuda não venha da petro-propina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário