quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O Inútil Debate

Liga-me um amigo “correligionário”, perguntando o que achei do debate. Jogo de 0 x 0, com muitas caneladas, respondo eu. Com efeito, a palavra “mentira” e seu derivado adjetivo “mentiroso (a)” foram usados, pelo menos, 50 vezes. A Presidente, como é de seu hábito, citou dados e números, sacados ao acaso e sem qualquer consistência. É de se lamentar que os candidatos não tenham usado melhor o tempo, apresentando propostas concretas que possibilitassem ao Brasil deixar de ser o “País do futuro”, posição que ocupa desde quando eu esfregava o trazeiro nos bancos escolares. E esse debate, vazio de idéias e repleto de agressões mútuas, decorreu do fato de a assessoria da Presidente ter vetado participação de jornalistas, formulando perguntas aos candidatos. Ficou na base do “eu acuso” e duvido que metade dos telespectadores não tenha mudado de canal ou ido dormir. A presença de inquisidores é fundamental para, não só dar dinâmica ao debate, mas também para instar os candidatos a exporem seus projetos e seus pontos de vista, sobre temas controvertidos. Como “quem tem, tem medo”, o PT excluiu os jornalistas “perguntadores”, daí resultando um “vamos ver quem é pior”, o que, como conseqüência, resultou em um frustrante empate sem gol.

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