O Inútil Debate
Liga-me um amigo “correligionário”,
perguntando o que achei do debate. Jogo de 0 x 0, com muitas caneladas,
respondo eu. Com efeito, a palavra “mentira”
e seu derivado adjetivo “mentiroso (a)”
foram usados, pelo menos, 50 vezes. A Presidente, como é de seu hábito, citou
dados e números, sacados ao acaso e sem qualquer consistência. É de se lamentar
que os candidatos não tenham usado melhor o tempo, apresentando propostas
concretas que possibilitassem ao Brasil deixar de ser o “País do futuro”, posição que ocupa desde quando eu esfregava o
trazeiro nos bancos escolares. E esse debate, vazio de idéias e repleto de
agressões mútuas, decorreu do fato de a assessoria da Presidente ter vetado
participação de jornalistas, formulando perguntas aos candidatos. Ficou na base
do “eu acuso” e duvido que metade dos
telespectadores não tenha mudado de canal ou ido dormir. A presença de
inquisidores é fundamental para, não só dar dinâmica ao debate, mas também para
instar os candidatos a exporem seus projetos e seus pontos de vista, sobre
temas controvertidos. Como “quem tem, tem
medo”, o PT excluiu os jornalistas “perguntadores”,
daí resultando um “vamos ver quem é pior”,
o que, como conseqüência, resultou em um frustrante empate sem gol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário