Carta a Aécio Neves
Aécio, mineiramente, você declarou, em sua primeira fala,
após a eleição de domingo, que, para o bem da democracia, “espera uma campanha limpa, com predominância de programas de governo”.
Ledo e duplo equivoco, meu caro conterrâneo. Primeiro, não estamos em uma
democracia, pois, se estivéssemos, não teríamos uma Presidente, candidata à
reeleição, usando, de modo deslavado, a maquina governamental. Se fossemos uma
democracia, a Presidente teria saído do cargo, com antecedência e feito a
campanha como você e a Marina a fizeram. Em segundo lugar, “campanha limpa” é expressão que o
petismo desconhece. Se trucidaram Marina, que já foi “companheira”, imagine o que vão fazer com você. Esperamos – nós,
seus eleitores – que você mostre ao País o que o petismo nos fez: a decadência
econômica e moral, que nos diminui, no cenário internacional e massacra
principalmente os mais pobres. Compare seu índice de aprovação, quando deixou o
governo de Minas com o de sua adversária. Lembre que o PT votou contra o plano
real, executado no governo FHC e que viabilizou o Brasil. Relacione os
principais assessores de FHC, técnicos de prestigio internacional com os “lideres do PT”, uns na “Papuda”, outros a caminho da. Enfim,
Aécio, prepare-se para o jogo sujo, para a tática de guerrilha moral, feita de
mentiras, que será usada contra você. Nós, os que chegamos ao fim da jornada,
nossos filhos, que estão no meio do caminho e nossos netos, que começam a
descobrir a vida, todos precisamos de você, porque você – veja que
responsabilidade – tornou-se a possibilidade real de o Brasil reencontrar o
caminho perdido, afastando esses assaltantes de beira de estrada. Empresto-lhe
a lição de Cristo aos Reis e Governantes da época: “volta teu olhar para o teu povo, que vive na estrada do desprezo e da
insignificância.”
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