E as urnas falaram
São Paulo amanheceu esplendida, nesta segunda feira de
primavera. Brisa suave traz lembranças de um inverno, que não houve. O ypê
roxo, bem debaixo de minha janela, enfeita a avenida. No rosto das pessoas noto
ar de alivio, como quem se livra de noticia ruim. O que teria acontecido,
afastando a nuvem cinzenta que, até ontem, amargurava os habitantes da cidade?
Primeira ligação do dia, um querido amigo: -“e aí, gostou do resultado das eleições?” E passa a me contar que,
apesar dos ibopes da vida, Aécio chegou, com folga, no segundo lugar e Dilma
bem abaixo do previsto. Corro à internet e constato que, à exceção de Minas e
Bahia, o PT, apesar dos ibopes da vida, levou uma “tunda” e que a migração dos eleitores de Marina para Aécio está a
indicar que grande é a possibilidade de nos livrarmos de Dilma e seu bando de
delinqüentes. É claro que teremos uma campanha acirrada, com o PT jogando sujo,
como é seu hábito. Mas ninguém pode transformar tantas mentiras em verdades. É
mentira que o desemprego diminuiu. É mentira que a inflação não se faz
presente. É mentira que contamos com a confiança dos investidores estrangeiros.
É mentira que melhorou a qualidade do ensino e da saúde públicos. As obras do
PAC não saíram do papel. A verdade, que emana das urnas, é que o brasileiro
quer mudanças, econômicas, sociais e éticas. E São Paulo deu o exemplo: o
candidato petista amargou um terceiro lugar e Dilma teve a metade dos votos de
Aécio. Lição para aprender: as mentiras não suportam ser confrontadas com a
verdade.
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