terça-feira, 5 de agosto de 2014

O relógio parado do Prefeito

Alguns meses atrás, forte chuva de granizo transformou a região em torno do Parque da Aclimação, em inusitado “campo de neve”. Espetáculo raro, que tirou os moradores de casa – eu, inclusive – para contemplá-lo. Mas, também, advieram os dissabores, principalmente a interdição da Rua Pedra Azul, uma das mais importantes artérias do bairro. Todavia, falo de avaria menor: o grande relógio digital, instalado no interior do Parque, desde aquela chuva parou de funcionar... e assim permanece até hoje. Inércia, a ser debitada à incompetência da administração Haddad. Parece-me lógico que um advogado, que não sabe fazer uma simples petição de juntada de documento, não conseguirá redigir um mandado de segurança. De igual sorte, médico incapaz de realizar modesta sutura, estará incapacitado para uma cirurgia de abdômen. Em síntese: uma administração pública que, em 05 meses não conserta humilde relógio, longe está de equacionar os macro problemas de saúde, educação, moradia. Se, como ensina o brocardo, “é pelo dedo que se conhece o gigante”, também por ele que se conhece o anão. Agora vou fazer uma comparação que,por certo, provocará indignações: o maior conjunto de realizações, em nossa Capital, ocorreu na administração Paulo Maluf. As empresas, que se instalaram nos imponentes edifícios, erigidos ao longo do prolongamento da Faria Lima, de larga data, pagaram, com os respectivos tributos municipais recolhidos, as obras públicas realizadas na região. É voz corrente – e não me considero habilitado para confirmar ou desmentir – que a administração Maluf ficou marcada pela corrupção. Apenas convido todos à seguinte reflexão: hoje, o endividamento da Prefeitura aumentou, a arrecadação aumentou, pelo menos, 20 vezes. Então, fica a pergunta: se a administração Haddad é um cemitério de realizações, para onde vai todo o dinheiro arrecadado?

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