O relógio parado do Prefeito
Alguns meses atrás, forte chuva de granizo transformou a
região em torno do Parque da Aclimação, em inusitado “campo de neve”. Espetáculo raro, que tirou os moradores de casa –
eu, inclusive – para contemplá-lo. Mas, também, advieram os dissabores,
principalmente a interdição da Rua Pedra Azul, uma das mais importantes
artérias do bairro. Todavia, falo de avaria menor: o grande relógio digital,
instalado no interior do Parque, desde aquela chuva parou de funcionar... e
assim permanece até hoje. Inércia, a ser debitada à incompetência da
administração Haddad. Parece-me lógico que um advogado, que não sabe fazer uma
simples petição de juntada de documento, não conseguirá redigir um mandado de
segurança. De igual sorte, médico incapaz de realizar modesta sutura, estará
incapacitado para uma cirurgia de abdômen. Em síntese: uma administração
pública que, em 05 meses não conserta humilde relógio, longe está de equacionar
os macro problemas de saúde, educação, moradia. Se, como ensina o brocardo, “é pelo dedo que se conhece o gigante”,
também por ele que se conhece o anão. Agora vou fazer uma comparação que,por
certo, provocará indignações: o maior conjunto de realizações, em nossa
Capital, ocorreu na administração Paulo Maluf. As empresas, que se instalaram
nos imponentes edifícios, erigidos ao longo do prolongamento da Faria Lima, de
larga data, pagaram, com os respectivos tributos municipais recolhidos, as
obras públicas realizadas na região. É voz corrente – e não me considero
habilitado para confirmar ou desmentir – que a administração Maluf ficou
marcada pela corrupção. Apenas convido todos à seguinte reflexão: hoje, o
endividamento da Prefeitura aumentou, a arrecadação aumentou, pelo menos, 20
vezes. Então, fica a pergunta: se a administração Haddad é um cemitério de
realizações, para onde vai todo o dinheiro arrecadado?
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